quarta-feira, 30 de março de 2011

Socorro Freud!!!!!


Ah entendi!!! Vocês acharam que o post anterior só tinha flores, né? Bom, na verdade, eu ia omitir o restante dessa história. Eu não tenho vergonha de nada do que fiz, passei ou qualquer coisa assim, acho que na vida a gente tá sujeito a tudo... Mas essa história, em especial, eu procuro omitir até pra não abrir feridas psicológicas...
Vamos ao fato:
Aí o gaivota sumariamente eliminado e os restantes ficaram avisados que o páreo aqui é duro, afinal faço parte dos 10% dos humanos que usa o cérebro e não a força bruta pra resolver pequenas questões. Fiquei lá de boa, beijinhos, afagos, boa conversa e o melhor... Tava na cara que a noite ia ser começar na horizontal e sabe-se lá onde ia parar... Pena que não havia um exemplar do Kama Sutra por perto... Essa era a hora de certificar a verdade da coisa.
Tudo tava bom demais. Até que a moça resolveu ir ao banheiro. Foi e não voltou mais. 10, 15 minutos, 20 minutos e nada... Uma outra moça, desta vez do grupo dela, me perguntou onde ela estava e eu disse que tinha ido ao banheiro e não tinha voltado... Ela decidiu ir ver... Voltou uns 5 minutos depois, olhou bem nos meus olhos, e disse: ela disse pra vc ir lá...
Cacete! Isso sim é modernidade! Claro que dentro do bar, mais precisamente no banheiro do bar, não ia rolar, se bem que podia ser e eu até vendia a história pros caras do Matanza pra eles musicarem. Hehehehehe! Fui lá, meio receoso de entrar no banhero feminino e, claro, tinha logo um segurança nas imediações. Rondei, rondei, rondei. Não tinha jeito. Ou eu dizia logo que ia entrar e via o que dava ou então... Sei lá! Claro que o cara não era bobo, vendo minha indecisão, tratou de me informar que o banheiro, até as pias e o espelho eram de uso comum e que só eram privativos as partes mais, digamos... fluídas, pertinentes a cada sexo.
Ahhhh!!! Agora entendi porque não tinha plaquinha com meninos e meninas, disse eu... E entrei no banheiro, chiquérrimo por sinal, dava pra deitar ali no chão, rolar de ponta a ponta e sair mais limpo do que entrou. Fiz uma vistoria básica pelo local e vi que ela tava bem ali num canto, sentada numa poltroninha (poltroninha??? No banheiro???) cheguei perto, passei a mão pelos cabelos dela e me aproximei...
A mulher tava aos prantos... A maquiagem dela certificava que era a vez dela de gravar um clip do Dimmu Borgir ou do Immortal (tava mais pro último...), soluçando e as lágrimas desciam que nem chuva de verão. Já me dei conta do porquê de tudo... Doida!!! Alucinada! Com um pouco de sorte tinha deixado o prozac ou o crack em casa e tava tendo uma crise de abstinência. Mas, como mesmo nesse estado deplorável, era uma mulher linda e se eu conseguisse enfiar um lexotan na goela dela (eu já tinha certeza que ela tinha ele na bolsa...) pelo menos a parte que interessava, mesmo deixando pra lá o Kama Sutra, tava garantida.
Fui extremamente gentil, afinal não é só porque eu presumo que uma pessoa é doida que ela é, não costumo errar (meus relacionamentos anteriores provam que sou PhD em doido...), mas sempre dou uma chance... Tentei conversar, chegar na questão ou sei lá.. fazer ela calar a boca e ir logo pro sexo propriamente dito. Vai chorar feio assim no inferno! Era um misto de desespero, filme de terror, um rolê na montanha russa e riso de hiena... Chato nem é ouvir isso tudo saindo de uma pessoa só, chato é ver que todos os seres entram e te olham com aquela cara de: Sem vergonha, comeu e agora quer dispensar! Comer eu ainda não tinha comido (e nem sabia se ia...), dispensar também não, se bem que com essa demonstração de "equilíbrio emocional" essa era uma realidade muito próxima (na manhã seguinte, mais precisamente...); mas sou homem, homem suficiente pra não estar nem aí com caras e pensamentos errôneos, quem quiser que pense o que quiser, tô nem aí!
Em meio aos soluços, descobri que tudo aquilo era porque eu havia tirado o Gaivota da situação e ela havia se sentido protegida e que isso nunca tinha acontecido, que todos os homens que a cercavam eram uns babacas, que não tinham postura e saiam pra porrada numa situação dessas... Fiquei lisonjeado, claro, ainda mais que agora EU ESTAVA NO TOPO DA CADEIA ALIMENTAR!!! Tinha abatido um monte de Gaivotas com uma pedra só!!!
Saímos do bar e fomos em direção à casa dela, por sinal bem ali do lado, uns 200 metros... Era um apartamento bem legal, bem decorado, limpo e tudo que você jamais sonha achar na casa de um pessoa solteira. Só que lá, no território dela, o mundo desabou, um verdadeiro tsunami de emoções fortes, histórias de vida, passagens da vida dela que pareciam saídas dos contos das mil eu uma noites... E o sexo??? Nada??? Eu não sabia se ficava parado ouvindo, tentando entender o que se passava naquela cabeça ou se ia direto pro ataque.. Eu já tava lá mesmo, semi-nu, de banho tomado (não pense que parou de falar só porque eu tava no banho...), perfumado, hidratado e tudo mais.. E nada.. Nada... De verdade eu tava meio sem jeito de ir pro que interessa, já que uma boa soma das histórias eram sobre os "cafajestes que só querem uma coisa". Porra!!! Não sou cafajeste, mas to com o mesmo pensamento de todo mundo... Dá pra ir logo com isso??? Se a coisa for boa, vamos ter muuuuuuuito tempo pra conversar, pensar sobre tudo e ainda não perder tempo com futilidade... Mas agora o atrito carnal era imperativo, afinal eu era o salvador, o cara que tratou ela direito e mais ainda... Onde ela se sentia protegida!!! (é... acho que sou cafajeste...).
Mas nada! Ficou nessa ladainha até sabe-se lá que horas... Fui embora eram umas 10 da manhã e com excessão do banho e de um sexozinho meia boca, mais por obrigação do que por prazer, e de uns 50 minutos de sono profundo, sai do mesmo jeito que entrei. Aquela sensação de bem estar depois de uma noite legal, com uma pessoa legal e de um sexo LEGAL, não existiu... Se existiu, ficou lá no banheiro do bar (a melhor lembrança que tenho daquela região...)
Pelo menos fiz o favor de não deixar o telefone de contato... Tenho no msn porque em meio às lágrimas ela me adicionou lá... e, às vezes, a gente se fala, mas não passa disso... E dada a experiência, melhor deixar como está...

terça-feira, 29 de março de 2011

Estados Unidos do Homem Avulso


Muito mais do que um texto, esse escrito e mais um pedido de socorro.
Esses caboclos tão difíceis... É assim mermo, porque eles só entendem a grosseria da voz, a postura de macho dominante e as vezes um belo tapão no escutador de novelas...
Anda difícil entrar no campo de caça, visivelmente até machos comprometidos se sentem no direito de empatar a vez de quem tá avulso, como é meu caso.
Realiza a situação, você se depara com uma beldade, aos olhos de quem vê, alguns preferem outro tipo, outra estatura, outro tipo de mulher... Alguns até preferem mulheres de tromba, o dito terceiro sexo, como eu sempre achei que um é pouco, dois é bom e três é demais, o terceiro sexo não me atrai, até porque não me vejo dividindo uma mijada matutina, em pé, com minha esposa... Voltando, você se depara com a beldade, arrisca um olhar fulminante, uma postura de dominador, atraio a atenção e o peixe já ta na linha...
Ai vem o gaivota e põe tudo a perder... É impressionante o descaramento desse "vestidor de cuecas", Tem uns que você olha e o sujeito tá com uma aliança no dedo que o faz parecer um rei inca de tanto ouro que tem no dedo... E quando o cara é amigo, ai a situação fica quase insustentável, até porque numa hora dessas, amigo é o cacete!!!
Uma vez encontrei uma linda mulher num barzinho, passamos pela fase da troca de olhares, da troca de olhares mais diretos e até da fase do encarar propriamente dita. Fiz que ia buscar alguma coisa na balcão prá já forçar uma aproximação. Colei no balcão, pedi um sei lá o que e nem bem o garçom foi buscar ouvi uma voz bem perto de mim que disse: Oi!!! Olhei pro lado é lá estava ela, toda cheia de dentes pro meu lado, já me senti um homem com sorte naquele dia, e confesso que adoro mulheres de atitude... Correspondi o "oi" e ficamos de papo ali mesmo no balcão. Nem voltei prá mesa, já dei a entender que cheguei com um grupo, mas nada me impedia de ir embora "sozinho". Ahh!!! dei a entender também que morava sozinho, estava avulso e todas as coisas pertinentes a conversa prá já sair dali colado na moça... Que num dado momento, num momento muito próximo, diga-se, já que existia música ao vivo no ambiente, me disse que era muito chato morar sozinha, que tinha mais de um ano que a amiga dela havia se casado e mudado de lá... Era o Nirvana, cheio de péssimas intenções fui pras cabeças logo com a moça... Ficamos num canto, perto do povo dela e do meu também... e da-lhe língua, mão, cochichos ao pé do ouvido.. Tudo numa situação de plena sintonia.
Senti um vulto que se espreitou pela mesa, fez, fez, fez até ser notado, olhou prá ela e disse: Fernanda (nome alterado prá proteção das partes, claro...) e sem a menor cerimônia, sentou, ficou lá uns 5 minutos de blá, blá, blá... lembra isso, lembra aquilo, lembra de fulano, citrano, beltrano? Lembra da puta que o pariu, ôooooo vagabundo!!!
Tava claro prá mim que ele tava me ignorando prá mostar que não se importava comigo. Azar dele, porque eu me importei muito com ele, e já sai dando a bordoada inicial. Levantei, estiquei a mão e disse (com todas as letras): Oi, eu sou o JP, caso não tenha me visto!
E olhei dentro do olho dele, e já percebi que o medo subiu por uma tira de couro das costas... Ai fodeu, tava ganha a parada... Mas o caboclo era insistente, me deu a mão, disse que ele era sei lá quem, virou-se prá ela e disse: vocês são amigos?
Cachorro, pederasta, filho de uma vaca holandesa... Tá usando a mesma tática... Vou ter que apelar e tornar a vida dele uma lona de circo. Claro, lona de crico! A pior coisa é você bater de frente com um cara desses que não tem simancol, então você faz ele passar por situações vexaminosas ou onde a idiotíce natural dele se sobressaia... E eu sou bão nisso!!!
Armei a arrapuca, disse que ia pegar um coisa prá beber e já voltava, claro.. o cara ia se encher de tesão pela minha ausência e entrar de sola.. Ai eu me vingava...
Dito e feito, voltei e o cara só tava faltando babar na moça... Ele com cara de lobo mal e ela com cara de poucos amigos.. eu nem disse nada.. passei peguei ela pela mão e sai andando pro fundo do bar.... o "lobo" ficou lá, sozinho... Sabe quando o cachorro fica na pilha pela cadela e fica fazendo movimentos pélvicos sozinho??? Tenho 90% de certeza que vi ele fazendo isso no meio do bar... Mas eu sabia que tinha mais prá vir...
Dados uns 30 minutos, eis que ele vem vindo, com duas cervejas na mão... Disse prá ela: aquela outra cerveja é prá você, só prá me provocar (pré-homens são tão pré-visíveis, hehehehehehehe), quando ele te der, você pega, agradece e me dá... Foi batata!!! Quando a long neck geladíssima caiu na minha mão, entornei ela de um gole só e ofereci a garrafa de volta prá ele... Ele não sabia se pegava a garrafa, dava as costas e ia embora ou me enchia de pancada... Pelo sim, pelo não... pegou a garrafa e foi embora... Nem prá trazer outra o vagabundo...
Mas isso é só história, tá é na hora dessa "homaiada" do inferno passar a ser mais cordial na área de caça, afinal tem 400 mulheres num ambiente e os caras, todos, só babam em cima de uma ou duas.. ai fica dificil né... Outra, empatar é foda, empatar a cara dura é pior ainda... Realiza se eu ando armado???

segunda-feira, 28 de março de 2011

ALFREDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO


 


 
Ela pensou, pensou... pensou de novo se deveria ou não escrever sobre isso!? Logo, esse texto foi feito a 4 mãos!
Duas minhas, duas da Samantha (http://programaestressadas.blogspot.com) e com a mega participação da minha irmã dela... se você é cheia de pudores, é melhor não ler, ok!?
Divirtam-se!!!!!!
Lá estava eu.. sentindo dor.. sentada na maca da minha irmã.. é muito comum nesse momento começarmos nossos devaneios que rendem bons assuntos e gargalhadas (e boa tatuagem, também!) começamos a reclamar do fato de sermos mulheres... Afinal, eu sempre quis fazer xixi em pé... #confissões

Até porque o fato de ser em pé já não exige que tenhamos que praticamente ficar nuas em qualquer banheiro por ai, demora muito menos prá fazer o xixi básico do que tirar a roupa, sentar, relaxar (sim, relaxar faz parte... concentrar também...) e depois inverter tudo, e ainda sair bela e sorridente, porque claro, mulher sai do banheiro e todo mundo olha...

Então, não me venham com o papo de que: SIM, PODEMOS FAZER XIXI EM PÉ! Porque ESCORRE! E quem disser que não  quero que nos prove! Não adianta... até sentada, quando você pensa que ele (o xixi!) vai sair certinho ele dá uma falhada e começa te sujar toda.. aí só resta rezar para o papel higiênico ser de boa qualidade para você passá-lo em TODA parte, não apenas no local... Meninos, vocês conseguem visualizar isso?

Porque papel higiênico ruim e igual namorado ruim, mole prá rasgar, duro de passar nas parte e ainda tem a questão que se você der o azar de pegar um lote com a fibra do papel invertida, vai ser um Deus nos acuda, porque ele adere as fibras das partes como se quisesse se unir (eu ia dizer fundir, mas ai já é demais...) ao seu corpo. Aquela porcaria rosa, grossa e ineficaz, ainda tem a propriedade de se liso do lado de fora, ou seja, você passa, passa, passa e ele fica lá, parado, só a sua mão corre solta...

Eu, dona de casa, SÓ compro papel de boa qualidade, folha dupla.. não precisa ser perfumado (qual é a finalidade de um papel higiênico perfumado e com desenhos?! Hã? Hã?), nada de papel rosa! E quando preciso fazer xixi fora de casa, rezo para que seja um papel legal.. ou que tenha bidê (ainda existe, né!?). Afinal, um papel de má qualidade me deixa irritada! Além de machucar as “coisas” ele esfarela, faz você passar a sua mão, pensando que ele está no lugar que deveria estar, e se você é homem, ele ainda enrola nos pêlos! NÃO DÁ!

terça-feira, 22 de março de 2011

Um jantar...


Eu quis fazer um jantar especial para uma pessoa especial. Mas a primeira pessoa que apareceu pra pôr tudo a perder foi o Murphy. Sim! Ele mesmo, o autor daquela maldita lei que diz: se algo tiver a mínima possibilidade de dar errado, certamente vai dar errado.
Bom, eu não tava preocupado com isso (até ele aparecer...). Se desse errado, desde que desse, tava tudo certo! Fora forrar o estômago com coisas boas meu interesse era passar a pós-digestão toda na horizontal...
Decidi, como um bom chef que sou, que faria uma carne ou algo assim. Vislumbrei o trabalho e aquela famosa frase: ‘Ai! Não como carne." Tratei logo de ligar para saber se podia abater o boi... Nada. Caixa postal.
Decidi largar o boi no pasto e ir até o rio pescar, claro! Um peixe sempre vai bem, ainda mais que sempre seguido de uma bela salada e de um arrroz branco básico. Tava decidido, eu ia fazer o peixe. Peguei meus apetrechos e fui pescar. Logo de cara fisguei um salmão lindo, gordo, saudável, e disse logo prá Neturno: Limpe o peixe que vou levar! Assim que Netuno limpou, saí da beira do rio e fui até a mãe natureza, colher as saladas (alface, rúcula, tomate, cebola e bacon bem pequeno); de lá, fui direto prestar contas ao caixa do mercado e saí feliz da vida...
Temperei o mais ilustre membro da família dos Salmonidae e já tracei a meta de assá-lo devagar, sempre regando com um azeite português com alho, alcaparras e mais um segredinho do chef...
Ao que parecia tudo estava indo as mil maravilhas, eu já estava tendo alucinações com a noite e tudo que poderia acontecer... Deixei o peixe no fogo baixo, limpei a salada toda e coloquei num tupperware da hora. Ééééé! Homem com muito tupperware em casa faz sucesso! Heuehuhhuheuheuhe! — Só não entendi a fixação das mulheres com eles e menos ainda porque elas colocam os tupperware numa gaveta e as tampas em outra...
Dei uma geral no cafofo que, apesar de limpo, sempre é bom manter as coisas na mais perfeita ordem, e fui tomar um banho, um banho daqueles que a gente toma quando vai no casamento da irmã, bodas de ouro da tia, essas coisas... Sabão e bucha vegetal até onde a pele é sensível, tudo pra agradar! Cheirar bem é necessário nessas horas, mulher age muito com o nariz e com os olhos... Se vc cheirar bem e se vestir bem, tá tudo certo! Pode até parecer o Quasimodo que elas nem notam...
Já no banho me dei conta da fragilidade das minhas cuecas. Não dá prá me sentir numa noite de gala se a cueca estiver indo num baile funk... Já peguei um pacote com 3 novinhas (prevenido), me desfiz das outras meia-boca e pronto, tava tudo certo! Era chegado o grande dia.
Escutei uma buzina em frente ao portão e fui abrir, claro! Cheguei lá e me deparei com um congresso de senhoras loucas, solteiras e com fome. O estômago já rangeu de raiva e os olhos passaram a lacrimejar, sabe, tipo choro sem soluço... Eram apenas 6 senhoras, distinas, uma de cada cor, de cada credo e de cada educação singular... A que mais me chamou a atenção foi uma ruiva, chamada Dominica, branca que nem uma vela de 7 dias, com os cabelos vermelhos, vermelhos, que dava a impressão que tinha acabado de ser aceso.
Mesmo com a descendência lusitana, ela insistia em dizer só uma palavra em português: Porra!!! Inacreditável! Era porra prá cá, porra prá lá, porra, mas que porra! E tirando a porra eu não entendia patavinas do que ela falava, era um misto de espanhol com esperanto, regado a sotaque português e vinho tinto (nacional) que por sinal... era meu e ela lá no dialeto etílico e eu o monossilábico concordar sempre, afinal era terreno amigo, cercado de inimigos por todos os lados.. e eu na minha santa paciência dizia: Hum, hum. Sei, sei... Ahhh, nossa! Poxa vida! Interessante! Mais que isso ia ser um Deus nos acuda! Ia ser baixaria mesmo, porque eu estava centrado (calmo o cacete!!!!), disposto a ver onde isso ia dar, mas se me chamassem pra conversa eu ia ser desagradável...
E a quantidade de assunto que emana dessas senhoras era algo como uma tarde no INSS pra dar entrada na aposentadoria. Anos e anos de histórias, acontecimentos, pensamentos, metáforas, ditados, risadas e palavrões, saíam palavrões pra todo lado; às vezes, alguém lembrava que eu tava lá e falava: Nossa! O moço vai achar que a gente é maluca...
ACHAR?? Eu tenho certeza que vocês são fugitivas do manicômio judiciário!
Sem falar que estavam dentro da minha casa, comendo a minha comida, me impedindo de comer alguma coisa e alguém também, e sequer tiveram a descência de decorar meu nome... Passaram lá bem umas 5 horas (das 8h às 1h da madrugada, diga-se...) juro, que se eu não tivesse obrigações para com a proprietária do imóvel, eu ia dar um rolê pela cidade e só voltaria uns 15 dias depois.
Até que, não sei porque cargas d´água, resolveram ir embora... TODAS!! Sem exceção, afinal a lotação que levava a metade pro Instituto Butantã e a outra metade pro Instituto Charcot era quem eu tava querendo pegar, o real motivo de eu estar lá vendo uma invasão de hienas entupidas de prozac e quieto, era justamente o finalmente da coisa, a prática do crescei e multiplicai — sem multiplicar, claro! Confesso que fiquei em choque. Levei pelo menos 1 dúzia de beijos no rosto, elogios a minha culinária e ao meu bom humor (hehehehehe, bom humor...) e pronto, do jeito que vieram, se foram, inclusive o objetivo da noite... Foi... Assim, sem mais nem menos...
Fechei o portão, subi as escadas, liguei a tv e fiquei lá... Pelo menos uma hora, catatônico, tentando descobrir o que foi mesmo que aconteceu. Tinha uma coisa que me incomodava, mas eu tava numa situação psicológica tão deplorável que nem dei conta de que o que tava me incomodando, e fazia tempo, era porcaria da cueca nova que enfiou-se por debaixo da bunda e entre a coxa e lá fixou residência. No afã de servir às pessoas, não ser mal educado com ninguém e acima de tudo não enlouquecer, nem dei conta que a maldita cueca, como um assassino silencioso ia ganhando território e criando fendas. Tomei consciência disso quando fui tomar outro banho...Frio, desta vez.
Foi só a água gelada bater em cima de onde a maldita fez o estrago e pronto, dói demais, dificil é passar o sabonete então... Bom, deixa isso prá lá...
Desiludido e cansado, ainda ouvia dentro da cabeça os ecos das risadas, as histórias e tudo mais; num consenso geral até que foi uma noite legal, bem divertida e espontânea. Deitei e já vendo mais uma reprise de O Dia Depois de Amanhã (Sugestivo, né?) tentei dormir e o telefone toca. Atendi, era o meu alvo do dia, pedindo desculpas pela invasão, dizendo que eram amigas de muito tempo e que não tinha como dispensar, até por que elas são indispensáveis, incaláveis e comem como um batalhão do exército.
Nem dei bola, né? Já eram 3h da madrugada. Disse que tudo bem, que essas coisas acontecem (acontecem??? Comigo acontecem, sempre...) e disse boa noite...

segunda-feira, 21 de março de 2011

11 perguntas para Samantha Feehily


Samantha Feehily (http://programaestressadas.blogspot.com ), minha musa inspiradora, graças a ela esse blog tá no ar... Ai resolvi fazer uma brincadeira e ver o tanto que nós (homens) estamos mal na fita... E acredite ela demorou 28:04 prá responder, heheehehehe.
Acho que era uma boa pegarmos essas respostas ai e usarmos de cartilha prá ver se melhora nossa condição. Ahh tá o endereço do blog dela ai, mas já aviso aos cuecas de plantão prá não perturbar a moça, vcs vão levar tanta bolacha pela cara que vão esquecer o que queriam...
Divirtam-se...
 
01 - Pq vocês mulheres estão estressadas com s homens?
Samantha - Talvez, porque vocês vivam em uma outra dimensão, em que a nossa comunicação, simples e clara, não seja o suficiente para que vocês entendam... além disso, sabemos das nossas diferenças.. mas desejamos que vocês sejam um pouco mais sensitivos..

02 - Qual seria a finalidade de desejar uma atitude masculina e jamais falar dela com eles?
Samantha - Porque vocês não são bobos (alguns, vai!?), logo, deveriam entender do universo feminino...que apesar das neuras, não mudam de mulher para mulher.. se prestar atenção em uma, saberá exatamente como tratar a outra!
03 - Qual o pior tipo de Cromossomo XY?
Samantha - Hum, os babacas!

04 - Qual o pior tipo de Cromossomo XX
Samantha - As vadias!

05 - Tendo em vista os post do seu blog, faça um resumo geral das qualidades masculinas que são capazes de suprir as necessidades das mulheres?
Samantha - Bom humor (para entender que somos estranhas mesmo), carinho (somos carentes) e paciência (somos neuróticas!)

06 - Qual a pior atitutde que um homem pode ter com uma mulher?
Samantha - Sem dúvidas, mentira! Até pq vc’s não são bons nisso!

07 - Levando em conta que hoje, a desigualdade entre os sexos é muito menor, quais as conquistas que você acha importantes para as mulheres?
Samantha - Poder dividir os trabalhos domésticos!

08 - Você sabe cozinhar?
Samantha - Opa! Claro!

09 - Qual o lugar mais estranho onde já fez amor?
Samantha - No Play Center!

10 - No meu ponto de vista o diálogo é o principio básico para se resolver os grandes e os pequenos males do mundo. qual sua opinião sobre o silêncio pós-sexo?
Samantha - FODEU! É o silêncio mais aterrorizante que existe!

11 - Pq é imprescindível que o o homem ligue no dia seguinte?
Samantha - Não é imprescindível.. ele precisa ter a sensibilidade em diagnosticar se a mulher quer ou não que ele ligue!
 
No playcenter Samantha??? Que inveja.....

quarta-feira, 16 de março de 2011

A sociedade secreta dos apelidos

Sim, caros amigos e amigas, a gente aprende a ser social com as pessoas e não vê o quanto engraçadas as pequenas coisas do dia a dia podem ser. Eu estava falando com uns amigos e percebi que a gente agrega às pessoas na nossa vida e não se dá conta de como os apelidos de cada um, criam todo um universo.
Veja, por exemplo, conheço pessoas que tem seus nomes, mas que a gente insiste em chamar pelo apelido aí. No meu universo existem: Korujão, Panda, Tatuzão, Magoo, Doni, Prika, Bolaxa, Roliça, Dengue, Lenhador, Moleza, Babão, KZ, Feijão, Lixeiro, Pingo, Cabelo, Nitro, Anão, Gordo, Morto, Negão, Feijão, Morceguinho, Lito Louco, Batatinha, Cara-de-cachorro e assim vai... Claro, se pensarmos individualmente em cada um, é apenas mais uma pessoa querida, mas se pensarmos em juntar todos num lugar só, a apresentação de cada um a cada um vai ser muito engraçada...
Eu tenho o (péssimo???) hábito de achar que todo mundo conhece todo mundo, aí ligo as pessoas umas nas outras sem a menor cerimônia, digo que fulano fez não sei o quê e prá quem eu digo isso, nunca sequer ouviu falar do cara... Té aí... de boa...
Realiza, eu chego na casa do Tatuzão e digo que o Moleza e Bolaxa tão fazendo um churrasco na casa do Cabelo, ele na maior cara de paisagem do mundo, porque nem sabe de quem se tratam e na hora a esposa do rapaz começa a pensar: Filhos da puta, tão conversando em código.
Aí insisto prá gente ir até o lugar, mas que antes a gente tem que passar pela casa do Roliça prá pegar ele e o Morto. A patroa, já liga o Morto com jogo de baralho, e ainda cria na sua cabeça que Roliça (desculpa Leandro, hehehehehehe) é o nome de algum artificio sexual, do qual, sendo ela uma dona de casa e acima de tudo uma mulher honesta, não teve conhecimento ou falta de vergonha suficiente prá conhecer e sequer quer saber da existência de tal produto... E lá na sala segue a conversa, descontraída até, e sigo dizendo: Poxa, fico triste pq o Cara-de-Cachorro não vai levar a Batatinha porque o Lixeiro tá doente.
Aí fodeu! A patroa já investe pra sala, me olha de cima embaixo com cara de quem vai me por pra fora a pontapés, mas num momento de lucidez, resolve passar direto e ir até a cozinha, afinal ela precisa saber até onde a conversa desses dois vagabundos vai parar... E mais, ela precisa desenvolver a técnica da línguagem que a gente tá falando, afinal, se ela entender, tá fácil, fácil de pegar o marido e o sem vergonha do amigo no pulo... E lá vai ela, prá detras da geladeira ficar a espreita, mas com um rolo de macarrão na mão porque se a conversa bandiar pro lado da putaria ela já senta a madeira em todo mundo, pede o divórcio e tudo mais... E ai de mim se não for testemunha dela...
Bom, aí o singelo amigo Tatuzão diz: Fogo né, a gente passa a vida toda vendo que o Korujão tá sempre com o Pingo, vira e mexe tão lá os dois, nossa né, que amizade bonita...
E na cabeça da esposa dedicada ela ouve: aí, de madruga (Korujão) quando ela dormir, a gente cola (pinga) lá naquele lugar, e se esbalda com as vagabundas de sempre (amizade boooniiiiitaaa....)
Aí o diabo assume a postura da Dona de Casa, essa mulher, vem de lá como um trem desgovernado, olha bem na cara do marido, que de pronto reconhece que "alguma coisa ele fez", me encara como se eu fosse um exemplar do Kama Sutra aberto na página 18 em pleno Jardim de infância e diz:
— Vocês querem um café??? Fiz agora...
Eu mereço, hehehehehehe

terça-feira, 15 de março de 2011

Área de caça - Capítulo 1 - O Supermercado

Uma vez eu fui ao mercado com uma grande amiga, chegando lá ela comentou que uma amiga dela disse que: lugar de achar homem solteiro é no supermercado, principalmente de semana e depois das 19 horas." Achei muito engraçada essa postura de mapear a solteirísse masculina e com isso criar um mapa, onde os solteiros se acumulam e com isso aumentar as chances de um... "encontro casual..." Se a gente pesar alguns prós e contras, vai chegar a conclusão que ela tem plena razão, homem vai no mercado de segunda sexta e sempre depois do horário do trabalho, ou seja, após às 19 horas, claro, sempre tem alguns (eu incluso) que vão no fim de semana também.
Muito bem municiado com essa informação, sem maiores pretensões, mas transbordando de curiosidade, passei a prestar mais atenção e acredite, lá estavam as "Men Eaters", num verdadeiro frenesi alimentar. E o besta aqui achando que a informação era nova e tals, que ainda ia dar para fazer planos mirabolantes em busca do assento na janela dessa nova descoberta...
Mas o melhor vocês são sabem, além das mulheres, em plena atividade predatória, quem estava lá também? Sim, eles estavam lá.. Os GAIVOTAS todos estavam lá... Também em plena atividade atrapalhatória, Dava prá ver que o único idiota que não tinha pensado nisso era eu, e que por ser novo na parada, rolava uma certa agressividade por parte dos machos dominantes. Mas, né, não sou homem de correr de cara feia e tratei logo de mostrar as garras e descolar um lugar ao sol, e claro, colocar alguns fora de combate, que na verdade é uma tarefa muito fácil, porque homem quando está perto de mulher é besta e se tiver concorrência ele deixa de ser besta e passa a ser um idiota completo.
Bom, vou nesse mercado há pelo menos 3 anos, então, sei onde se encontram tudo que eu quero e o que não quero também e até por ter essa postura de agilizar a minha vida, não perdendo ela no mercado, deixei muito a desejar no que diz respeito ao frenesi dos solteiros no ambiente, posso dizer com toda certeza que se existiu alguma vez um flerte mais discreto que fosse direcionado prá mim eu nem dei conta dele.
Peguei meu carrinho e sai desfilando pelos corredores, numa paciência digna de um monge budista, encontrei diversos artigos interessantes e alguns até mesmo dignos de notas altas neste desfile. Me deparei com cada olho, cada boca, cada bunda, cheguei a pensar em fixar residência pelo ambiente, afinal, era só descolar um cantinho discreto, a comida já tava lá, os líquidos necessários também e digo mais, se funcionou pro Tom Hanks no filme o Terminal, por que haveria de não funcionar prá mim? E olha que o Tom Hanks catou a Catherine Zeta-Jones, que mesmo sendo casado com um "tiozinho" que se dizia viciado em sexo (se eu ficasse de bulinação com a Sharon Stone também ia ficar viciado em sexo), se rendeu aos encantos do protagonista.
Mas isso não vem ao caso, vamos aos ditames da cópula anunciada, sai em busca de um alvo fácil, que me visse como um alvo fácil também, rodei o mercado por todos os lado, desde a seção de dvd´s (ééééé, tem dvd prá vender lá) até os produtos diet, que por incrível que pareça, não é onde se concentra a maior parte do lado feminino da história. Em cada seção que eu passava, havia sempre uma vítima em potencial, eu rondava, parava prá ver preços, puxava um assunto qualquer e se não rolava uma química instantânea, eu deixava ou era deixado em stand by prá uma possível falta de recursos, ou seja: na falta de tu, vai tu mesmo...
Ai veio o bombardeio, que na verdade, eu meio que já estava esperando, quando de repente, pula (literalmente) do meu lado uma Japa, mas não a Japa Girl do clipe do Supla, essa era uma típica japonesa mesmo, bonita sim, mas devia ter 1:25 de altura, falava mais que a nega do leite, mas era uma pessoa muito agradável, ficamos lá falando sobre amenidades.
E, eu já me sentindo uma criança com um Tamagoshi nas mãos, levando em conta a diferença de tamanho que havia entre nós. Juro, confesso, cheguei a imaginar um sexo oral ali mesmo em pé... Já que era mais ou menos por essa região que a cabeça dela ficava. e desse pensamento, surgiram todos os pensamentos inconfessáveis mais e por serem inconfessáveis, deixo a criatividade de vocês livre pra realizar o que quer que seja que pode acontecer entre um afro descendente (desbotado, mas...) de 1.84 e uma Japa Girl de 1.25. E nessa dava prá crer que estava tudo certo, só não ia rolar ali pq era público e tal, mas se eu já tivesse me estabelecido no ambiente. Há!! ia ser sem perdão... Mas ela se mandou já que estava fazendo compras com a sua genitora, mas, ficou o telefone... 1x0...
Parei na seção dos papéis higiênicos, fiz que estava vendo preço e tal (o que é uma mentira, nessa seção, em especial, eu sei exatamente o que eu quero...) e dando uma geral nas redondezas, ai uma doida parou do meu lado, singela como uma bailaria de bolo de debutante, olhou bem nos meus olhos e disse: - Tô na dúvida, o preço é o mesmo, mas eu não sei se levo o papel higiênico perfumado ou se levo o neutro."
Olha, eu sei que sou pouco tolerante com gente besta, mas se fizer de conta que não tá me vendo eu até deixo passar, mas se jogar na minha cara, eu reajo mal, muito mal...
Fechei os olhos, tentei engolir, mas o instinto tomou a frente e eu com toda delicadeza do mundo disse: - Olha, se você quer dar um up-grade no cheirinho do banheiro, o perfumado é legal, mas se você for levar em consideração apenas "o para que ele se destina", tanto faz..."
Me olhou incrédula do que tinha ouvido, mas e dai, eu já tinha falado mesmo... Mas né, instinto é foda, quando a gente percebe já dsse a bobagem...
Mas, resumindo, acabei indo embora apenas como número de telefone da Japa Girl, que por sinal eu liguei e ela sabia quem eu era, mas aprendi uma lição... Toda área de caça tem suas qualidades e defeitos... Papel higiênico perfumado.. Faça-me o favor....

segunda-feira, 14 de março de 2011

Melody Monster - Desordem - Ao vivo no Diadema Rock

Esse é um das bandas que eu mais gosto de tocar: Melody Mooonster... Tudo isso ai com um ensaio só e com o David (guita fritador)...
Divirtam-se

sexta-feira, 11 de março de 2011

A Saga do Busão

Saga 1 - A Tia

    Ééééé meus amigos... Sempre que vejo televisão, olho nos telejornais e vejo uma fila imensa de carros, ruas e avenidas lotadas, gente estressada, uma loucura típica de uma megalópole como São Paulo. Quem vive aqui sabe, aqueles britânicos 15 minutinhos de atraso não são charme, são apenas a ponta de um iceberg que num dia mais ou menos bom, chega a ter 40 quilômetros de extensão.. Não tem zona, norte, sul, leste, oeste que dê jeito, Se São Paulo, tivesse mar, certeza que ia ter congestionamento de barcos em todas as hidrovias que conseguissem ser terminadas pelos nossos governantes...
    Mas a questão nem é essa, o trânsito daqui é fd... Mas alguém ai já experimentou estar no meio dele.. No busão? Isso sim é aventura, lento, quente, lotado, caro e em péssimas condições. Veja o meu exemplo, moro há 7 quilômetros do meu serviço, pego duas conduções para ir ao trabalho, uma de perto de casa até o terminal Santana e outra que me deixa na Vila Guilherme, onde trabalho. Isso prá vir.. Prá voltar já desisti, vou a pé meus 7 quilômetros diários e quer saber, suo que nem leitão de véspera, fico cansado, mas ainda assim consigo a proeza de chegar antes do busão.. É, eu chego antes, e não é pouco não.. Chego antes dele 40 minutos, num parâmetro mais ou menos, quando eu deveria estar chegando em casa, eu já estou de banho tomado vendo o transito na TV.
     Certeza que não é só tempo que economizo, economizo NEURÔNIOS, PACIÊNCIA e ao mesmo tempo exercito minha capacidade de não matar quando preciso...
     Num busão acontecem coisas que nem a mais fantástica das aventuras consegue relatar... Sério, queria ver se o Frodo e a Sociedade do Anel tivessem que ir a Mordor de busão... Estavam no caminho ainda, cercados de Orcs por todos os lados.
     Não sei se eu percebo as coisas de um nível diferente das pessoas, mas eu acho que é por isso que eu gosto de andar de ônibus, a realidade da vida nos traz tanta coisa engraçada, tantas situações que com um pouquinho de bom humor a gente vê uma situação normal se tornar tão engraçada que não tem outro jeito que não seja rir.
     O povo simplesmente não entra num acordo com a educação, eles entram no busão e agem como se todo mundo que está ali, tivesse pegado uma carona com o pai dele prá ir prá escola, sim... Os donos, digo, os filhos dos donos do busão são a pior espécie que habita nesse planeta, são como solitárias que entram no seus intestino e lá ficam sorvendo tudo que podem.
     Tipo, eu geralmente nem sento, porque se você senta, pela educação que minha mãe me deu, eu teria que levantar prá uma pessoa idosa, uma grávida, deficientes físicos, pessoas com crianças e essas coisas.
     Mas no busão existe um gás! Um gás do sono!
     É o caboclo sentar no banco com sinalização preferencial, pronto, bate um sono nesse povo que não há fitoterápico que se iguale, Engraçado é o contraste, você olha nos outros bancos e está todo mundo acordadíssimo, mas naqueles não... Por isso o gás do sono, engraçado que uma pessoa que hoje dorme no banco preferencial, amanha se sentar noutro lugar fica numa disposição incrível... não prega o olho por nada... Deve ser efeito colateral.
     Umas vez fui em pé com meu filho no colo, na época ele tinha 3 anos, num busão de Guarulhos da avenida Tucuruvi até dois pontos antes do final, onde eu ia descer. Engraçado que uma senhora de uns 80 anos, me viu com ele no colo e num gesto muito nobre se levantou prá que eu me sentasse, mas foi o tempo dela levantar e eu me virar prá dizer que ela poderia ficar sentada que o ser humano se mostrou, uma gorda de uns 100 quilos, 1,45 de altura, cara de quem nunca passou pelo portão da escola, deu um pulo no banco da senhora, e claro, deu uma bundada na tia jogando ela em cima de mim, foi num ato de heroismo que o cobrador conseguiu segurar a senhora porque eu com uma criança no colo não conseguiria nunca. Bom, quando nos recuperamos do baque, olha lá o gás do sono, a gorda, morfética, já tava lááááá na terra do nunca, bolinando com o Peter Pan, essa cabocla, desenvolveu a técnica de roncar acordada (pq aquela vaca não tava dormindo porra nenhuma)...
     Bom como todo bom cidadão paulistano e já que eu vou em pé mesmo, nem gasto com isso. Mas mesmo em pé, no meio da muvuca, tem um povo que insiste em ser desagradável...
     Uma vez uma tia insistiu que, mesmo ela estando lá na catraca, o lugar dela era lá no fundo perto da porta que desce. Ahh, outra sacada inteligentíssima das empresas de ônibus: FEROMONIOS! Eu acredito que eles usam um lubrificante a base de feromonios nas portas do busão, porque é só a caboclada entrar e lá vão eles em direção a porta e ficam lá... amontoados, o busão todo vazio, você olha perto da porta tá lá aquele povo, suado, uns colados nos outros e com cara de: "porque eu to perto da porta espremido, se láááááá do outro lado tá vazio?"
     Nessas horas agradeço por não ter um nariz muito esperto nesse tipo de captação de odores. Mas voltando a tia, ela veio do fundo espremendo todo mundo, e eu já puto pensei comigo: não acredito que ela quer mesmo ir pro fundo. E ela insistiu, veio empurrando todo mundo, engraçado que quando ela percebia que a cabeça dela não passava pelo vão (e olha que a cabeça dela era das boas... Era só sorrir e botar uma velas dentro e tava pronta pro Helloween) que ela se segurava nas pessoas e forçava a passagem, claro, ouviu um soneto inteiro de intempéries e desaforos, mas no afã em que ela se encontrava nem deu bola, seguiu em frente. Deu de cara comigo, meio de lado, meio de frente, pensou num plano e atacou, ou melhor apelou pro meu bom senso e disse em voz alta: moço, você pode por favor me deixar passar? Passei de passageiro a vilão num segundo, todo mundo me olhou com cara de poucos amigos, até os que estavam há 10 segundos xingando a mesma mulher.
     Claro, me coloquei nas pontas dos pé, cheguei o mais próximo que os bons costumes permitiram, da cara da moça que tava sentada e dei uma brecha prá ela passar.. Mas nunca na vida, acreditei que a outra moça, que tava de costas prá mim, em pé dentro do ônibus, ia fazer de conta que o assunto também não era com ela. E nem sequer respirou, do jeito que tava ela ficou, e a intrépida senhora (sim.. a mesma que todos queriam matar segundos atrás), se meteu entre o espaço que eu ACHEI prá ela passar e a moça que insistia em fazer de conta que não estava ali... e lá a tia ficou, eu na ponta dos pés (e olha que nunca fiz aulas de ballet...) quase subindo na cabeça da coitada que estava sentada...
     E a dor.. Caraca!!! a dor nos músculos da perna foi terrível... Deu cãibra na hora... ai perdi a gentileza.. e como no coletivo, a falta de educação silenciosa é uma constante, soltei o corpo e desabei com fé e coragem em cima da tia. A mulher tentava fica no lugar e eu lá, singelamente, abafando a respiração da coitada, num impeto de força, ela se livrou de mim e da moça, que agora eu mesmo tava em dúvida se ela tava lá ou não, uma vez que não esboçou nenhuma reação, apenas continuou lá... como se nada tivesse acontecido... De verdade, fiquei preocupado com essa moça.. só sosseguei quando vi que ela era bem capaz de respirar e andar ainda...
     Bom, ai a tia, aproveitando o esforço prá sair de debaixo de mim, passou pro fundo e lá ficou praguejando, disse umas coisas que só ela entendia, o que lhe valeu o apelido de Dilma Rousseff, porque tava falando bulgaro e gesticulando que é uma beleza... Nesse interim, algumas pessoas desceram do busão o que aliviou um bocado a situação caótica que estava antes. Fui até o fundo e me sentei (Banco Sagrado, lembra????) e adivinha quem tava bem do meu lado... SIM!!! Dilma Roussef, meio achando que eu ia sentar uma bifa na cara dela porque ficou latindo prá mim, tratou logo de puxar um assunto e eu não sou de guardar mágoa de ninguém, ainda mais duma pessoa que acabou de ver a morte de perto... Sai no papo com a mais nova comadre... Chegando no terminal, elas desceu na minha frente, porque eu deixei e fiz o sinal universal do: passa ai, tia... Só que ela desceu, parou , virou e me pediu isqueiro, eu ascendi o cigarro dela, ela deu uma longa tragada e disse:
     -Eu não aguentava mais, fico louca sem cigarro, sou uma fumante INVERTEBRADA...
     Eu mereço...

Saga 2 - Odores
     Tem coisa pior que logo cedo, 6:30 da MADRUGADA, o caboclo já sai de casa com o sovaco causando? Não.. Sai de casa o cacete, é expulso pela esposa, mordido pelo cachorro e ainda toma uma carreira dos vizinhos, porque, plena 6:30 da manhã, um sovaco em plena atividade só pode ser coisa de atleta... Meu, nessas horas eu sempre fico de olho no motorista, porque ele é o cara que recebe a primeira lufada assim que o encardido adentra o ônibus, é, os caras já levantam a mão prá pegar no apoio e subir, e quando sobrem, descem o braço com força, causando um vendaval de catinga direcionado, ai o pobre do motorista já leva uma na cara de saída e ainda vê um sorrisão amarelo na direção dele dizendo: Bom dia!!!
     Bom dia?? o que tem de bom nessa porra!!! O pensamento é tão alto que ecoa por todos os narizes na vizinhança.
     Ai começa o show, que por mais que seja trágico, e engraçado, o "cabra" segura no ferro e expõe toda a crueldade do sovaco, e sai passando pelas pessoas, buscando o que? o Feromônio da porta de descer, por sorte (hehehehehe) dessa vez ela tá lá no fundo, e ele vai passar por todo mundo como a dizer: Oi, cheguei heim... posso dar uma passadinha??? Ai num primeiro momento a cara de horror das patricinhas, elas já visualizam o sovacão passando rente do pescoço e deixando a marca do macho dominante, e sendo no pescoço, passa pro cabelo, prá roupa e em um segundo é como se ela mesma tivesse o próprio sovaco a odorizar o ambiente. Sendo assim o horror estampado na cara dessas moças é impagável. Mas o melhor é quando o sovaquento se aproxima de um outro sujeito, de terno e gravata ao lado da namorada, e o cara não só encosta como eleva os braços em sinal de alivio por ter achado um cantinho aconchegante prá ficar.. até o fim da viagem... uhahuauhahauhuhahua.. meu ai começam as posturas de dominação e territorialistas, o almofadinha já faz cara de quem diz: se encostar na minha preta com esse futum vou te socar! E o cara olha prá cara dele com quem diz... Vou encostar sim, melhor vou abraçar logo a NOSSA preta. E ficam nessa de caras , bocas, movimentos e odores, lógico.
     Lógico que o cara tá todo engravatado e nem fodendo que ele vai tomar o lugar da mina dele e ficar ao lado do fétido concorrente, ele fica de lá.. do outro lado, fazendo caras, bocas, grunidos, mas fica lá... e a mina dele sendo bombardeada pelos futum... Mas ela acha que ele tá sim tomando uma atitude com relação ao incomodo do momento, e assim vão seguindo.

Saga 3 - Flatulência coletiva
     O povo maldito, dizem que o brasileiro é um povo alegre, que sabe receber bem os que aqui buscam um novo horizonte e que são capazes de dividir o pouco que tem, lutando prá se manter de pé (na vida, não no busão, por que essa é outra história) e muitas vezes com um sorriso no rosto, vão mesmo sem tomar café da manhã encarar mais um dia de lutas e sacrifícios.
    Sim... Eu acredito, principalmente se for prá dividir os gases intestinais com os (tão quanto) pobres que estão lá no busão. Ai vem um maldito (a) e expele, silencioso, o jantar... Agora realiza, o (a) cara acabou de acordar.. passou pelo menos oito horas dormindo, acordou, foi no banheiro, tomou café e não peidou...
   Deixou prá peidar dentro do ônibus. O (A) cara ficou pelo menos 10 horas fermentando aquilo no estômago, passou a noite toda cozinhando aquilo dentro dos tubos e só resolveu abrir as comportas e liberar o excesso quando estava já no mundo, em coletividade, em sociedade!
     Alguém pode dizer prás pessoas que democracia não é bem isso ai? Pois então, depois de liberado, a tendência dos gases é??? Preencher o ambiente. Isso.. Ele busca cada fresta, cada milímetro e tenta se adaptar ao ambiente. E você, né... tá lá... E de verdade, que se foda a ciência, não me interessam os estudos feitos prá determinar o porque a porcaria do gás se espalha pelo ambiente, me interessa nesse momento sair do ambiente e matar o (a) maldito (a) que fez isso.
     Ai sempre tem um (a), que se acha mais esperto (a) que os outros e faz um comentário qualquer, algo como: Nossa, tá um cheiro estranho aqui. Fodeu! Na hora este (a) senhor (a) de belas falas e muito pouco bom senso, se torna o (a) nefasto (a) que expeliu o gás.
     Diz a sabedoria popular que galinha que se espanta é que pôs o ovo. E o (a) dito (a), num arroubo, talvez prá criar um burburrinho popular que faça com que o (a) fascinora se entregue de tanta culpa, resolve sair com algum comentário, lóóóóógico que ele (a) leva a culpa, se não foi ele (a), por que tá se explicando, se ele (a) não tem nada haver com isso, por que tá tentando disfarçar???
    Essa é a outra face do ser humano, achar alguém prá apedrejar, e já que o (a) coitado, geralmente sentado (é sim, os que estão sentados se acham mais inteligentes que os que estão em pé) tece um comentário e é bombardeado com toda sorte de maus olhados, pragas, juras de morte silenciosas e tudo mais. Claro, você se manisfestar, num ambiente de perigo, onde pro morro desabar, bastam as palmas, é pedir prá ser apedrejado em praça pública.
     Sim senhoras e senhores, uma das receitas para uma guerra civil é esta: ônibus cheio, trajeto longo, pouca paciência, flatulência e um idiota que diga alguma coisa. Um simples peido dentro do busão tem tanto poder de destruição quanto a palavra bem empregada.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mulher maravilha!!!!

Ahhh.. acabei de achar a mãe dos meus filhos.. linda, inteligente (lê bem, pelo menos) e estressadííííííííííssima
Ja´perdi o sono da semana que vem.... POR FAVOR, SE ALGUÉM TIVER O EMAIL DESSA MOÇA, ME PASSEM.....



quarta-feira, 9 de março de 2011

Sintese o macho contemporãneo

Ahhh! os bons tempos em que todos nós, machos, só tínhamos que caçar e trazer a caça prá casa... Quando muito, arrumar uma briguinha com os vizinhos, mais numas de descolar uma outra atividade do que propriamente brigar por território (war for territoooryyyyyy, já dizia Max Cavalera...).
Ai o dia consistia em acordar, tomar café, geralmente na cama ou, se preferir, em comunidade, trocava-se uma idéia e pronto... Lá íamos nós pegar uns bichos pela floresta no intuito de garantir o almoço. É.. pelo visto só tinha almoço.. nunca vi um filme sobre a pré história ou alguém dizia: "Uga!!! Jantar às 9 da minha casa..."
E cardápio era bem variado, carne vermelha, peixes, frutas e muitas vezes qualquer coisa que se mexesse no mato era motivo de ir prá panela e virar um ensopado. Não tinha essa de pressão alta, colesterol alto e todas essas coisas... Azul lá... Só o céu...
Mas como é do ser humano estar sempre mudando, evoluindo (é.. são termos diferentes.. conheço vários que mudam muito e não evoluem uma linha no curricullun). mas, interessante foi quando passamos a ter moradia fixa, tinha sempre um lugar prá voltar e lá estaria nossa linda esposa (linda???), nos aguardando com tudo pronto. Quando era necessário uma fugidinha, era só por a culpa nos macacos que sempre mudavam de lugar e precisávamos ir atrás prá garantir o almoço. Ai passávamos 3, 4 dias por ai, literalmente na esbórnia, por que esse trem de ensinamentos dos mais velhos é prá criança que tem pouco o que aprender na aldeia dos outros e é certeza que a gente deixava o tiozinho lá no meio do mato e ia se esbaldar nas aldeias dos outros.. que também estavam caçando, hehehehehe. Mais ou menos como ocorre hoje nas cidades turísticas...
Ai voltávamos e lá vinha a família, todos alegres receber os "caçadores" que voltavam depois de arriscar a própria vida em busca do sustento de todos. Engraçado que nunca ninguém quis saber de onde vinham as coisas que pegávamos no mato, A gente só caçava, fazia fogo e flecha, ai saia prá caçar e voltava com colares, fazendo roupa, com comidas diferentes e ninguém perguntava nada... Era só fazer cara de feliz e gritar, Uga! Uga! e dizer: Uaio, uaio e pronto... Já tava garantida a conversa fiada de que os Deuses haviam provido aquilo...
Ai, passamos a ser menos selvagens, não batíamos mais na cabeça das gostosinhas da aldeia (nossa ou dos outros) prá descolar uma companheira, agora a gente pegava uma florzinha qualquer, entregava prá "presa" e pronto.. tava consumado o casório. E vivíamos felizes para sempre. Tá que desde aquela época tiha uns casamentos que não davam certo, mas como não existia o divórcio (e esse provou que sai mais caro que manter a infeliz por perto e passar a fazer horas extras na empresa), a gente combinava com uns "manos" da outra aldeia e quando íamos caçar, eles invadiam, pegavam as de carne mais nobre, davam cabo das mais difíceis de digerir e ainda desovavam os cadáveres mata adentro. Ahh vai dizer qu você sempre acreditou que a invasão, que sempre acontecia quando não havia "Guerreiros" por perto era coincidência???
Mas, claro, estávamos nós em plena evolução, nos fortificamos com as perdas, aprendemos a nos defender de forma mais apropriada e seguimos em frente com nossas vidas... E claro, isso ainda vai render assunto prá mas uns 10 ou 15 posts....

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Carnaval, a fotossíntese e o João da Lapa...


É.. doido né??? Você vai entender. Acordei bem, disposto, no horário e com disposição de um leão, prontinho prá tomar o Daniel no café da manhã (da cova?!?! da Bíblia?!?!, ahh deixa prá lá...).
Peguei o busão 1745-Center Norte, nunca pego esse, demora demais, prefiro o 1741-Santana, dois pontos e lá estava eu sentado no melhor lugar no coletivo... Sabe, aquele banco, no fundo, bem no meio, onde todas as pessoas tem que passar.. pois é.. Ali, para um cara avulso, no varejo, carente e determinado a perder todos esse títulos, descobri que ali é o ponto do desfile... Tudo que entra pela frente, desemboca por trás e passa ali, as mais, digamos... maduras, descem pela frente.. Então não tem risco de acabar já pegando a uva passa direto..
Bom, eu no fundo, ainda em pé, vi que pela porta da frente entrou um par de olhos verdes, lindos como a primavera no auge, e percebi que eles apontavam direto prá mim... E agora???
Bom, acabei sentando no "banco sagrado" e deixei rolar. Logo nos 45 do primeiro tempo, os faróis verdes vieram parar bem na minha frente e constatei que não eram apenas os faróis verdes, mas a lataria todo era impecável, Polimento, cristalização, banco de couro, DVD e tudo de primeira linha... Ai tomei a primeira encarada.. profunda.... Meus pecados passaram todos diante dos meus olhos, vi desde minha concepção até o momento do meu desmame passarem em 0,5 segundo pela minha retina e pensei: "tá bão demais hoje... acordei na hora certa..." Nem me fiz de desentendido, tomei o fôlego certo e parti prá guerra dos olhares. Ficamos nessa um tempo. Até que uma senhora muito educada, cedeu o lugar prá moça.. uma vez que ela já ia descer:
- Mas, caramba.. como assim... Pelo que to vendo a senhora devia estar lááááá na frente onde descem as uvas, bananas, sidras secas, que é... É complô??? Eu precisava logo de um plano, rápido, muito rápido. Porque no universo masculino, toda vez que existe uma mulher, bonita (leia-se bundão, coxão, peitão, oião, bocão...), desacompanhada, os homens viram GAIVOTAS!!! é GAI-VO-TAS, o fdp não pesca, mas liga o rádio na beira d´água prá mim não pescar tb... E se eu der sinal de interesse.. logo o VAGABUNDO se põe a fazer frente, e não pense que ele se lembra que tá com uma aliança na mão de pelo menos 14 gramas ou que tá com a mulher, irmã, mãe, colega de quarto, vizinha do lado.. o que o empata-foda quer é empatar a foda. Mas tudo bem... Nasci grande e feio prá resolver esse tipo de coisa com apenas uma olhada feia... Mas o que eu posso fazer quando o cara fica de costas, sabiamente, já evitando o olhar que faria cair todos os dentes da boca dele, claro... fiz o que me seria mais, digamos, inteligente, mirei mais ou menos onde ele apoiaria o pé no caso de uma acelerada rápida, e lá coloquei o meu pé... Não ficou nada indiscreto, já que minha altura, seria condizente com a posição das minhas pernas em relação ao espaço.
Primeiro acelerão do busão... o caboclo tenta apoiar, olha prá baixo, vê meu pé onde o dele devia pousar suavemente, faz um movimento rápido prá não pisar no meu pé e não se estatelar no chão.. ou mais precisamente, cair de cara no meu colo, perde o equilíbrio, mas num esforço descomunal, muito mais prá mostar que os movimentos dele são todos friamente calculados, do que prá evitar uma posição reto-fetal dentro do busão, cria uma dança dos desesperados... A cara que os "faróis verdes" fizeram ao ver um homem, no alto de seus 30 anos, que nem consegue se manter de pé, fizeram com que a primeira gaivota, alçasse voo pro outro lado. Nesse caso: PONTO PRÀ MIM.
Já que ganhei uma olhadela básica por causa do espetáculo circense do desafortunado passageiro, aproveitei e disse em tom de gozação: hehehehehe, deve ser o rodízio dele... - Numa clara tentativa de enterrar de vez a imagem do bonitão, que agora nada mais era que uma alta e magra curva perto da porta de descer.
O que mais surpreendeu foi o sorriso, lindo que recebi em troca do comentário... Ahh!!!! hoje tá prá ser meu dia.. na pior das hipóteses, vou sair daqui com o telefone dessa moça... Ai... quem sabe né...
Fiz a vistoria o ambiente, detectei os possíveis Gaivotas, e ja mandei o recado com o olhar... 100% de acerto.. Ninguém, seguer olhou pro "nosso lado" (já to íntimo, uhauhauhauhauhuahuhauha), surgiu um assunto, fomos naquela de blá, blá, blá, blá... claro... falamos do que mesmo??? Bom, sei que me tornei PhD no decote, no movimento da boca, cheguei a visualizar o rosto dos nosso filhos, quando eles viessem. E nada... solicita, amável, uma verdadeira dama inglesa... mas onde estava aquela brecha que vocês mulheres dão, prá gente acreditar que nos pedimos o telefone e não foram vocês que quiseram nos dar??? Nada.. nem uma falha onde eu pudesse me embrenhar e descobrir todos os segredos e detalhes sordidos.. Nada.. nada.. nada... E sei lá se sou eu... sem uma brecha onde eu possa me encaixar, fica difícil... O busão chegou no metrô Santana, onde eu desceria e por sorte, ela também (e mais 98% do ônibus), eu com todo o cavalheirismo que mamãe me deu, acompanhei a solitária donzela até a catraca e lá, me despedi, com um beijo no rosto, uma sorriso lindo e descontraído e um: - Vamos nos falar, ok???
Nos falar onde??? Numa seção de mesa branca?
Por que: email, telefone, nome, endereço e ainda fiz o favor de encontrar com ela num transporte coletivo, que eu nunca pego, ou seja, a probabilidade dos nossos filhos verem a luz do dia, acabou de passar pela catraca do metrô e se perdeu na multidão... Mas não pense você que não me passou pela cabeça, pegar metrô e ir até as ultimas consequencias prá não deixar de ter o contato... Mas, já pegou metrô de manhã??? na estação Santana??? pois é... Em menos de 30 segundos eu nem sabia prá que lado ela tinha ido ou o que eu estava fazendo lá, em pé...
Sim amigos, isso aconteceu em menos de 40 minutos, logo nos primeira hora da minha sexta feira, véspera de Carnaval, feriadão, cervejão, baladão, churrascão... Mas nada... ficou só o vázio, até a disposição que eu tava se mandou metrô a dentro... Mas tudo bem, mais um dia, mais uma aventura...
Ahhh!!! o título??? eu explico, nesse Carnaval, vou ficar em casa fazendo fotossíntese e bolando um projeto de Lei que vai defender os homens de mulheres "lisas demais", que claro vai se chamar: Lei João da Lapa (Penha??? Lapa??? Sacou???)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Por quem os guarda-chuvas dobram???


Ahhh!!! Acredite... Janeiro, fevereiro e março são os meses em que o diabo é liberto das profundesas e para comemorar a liberdade ele elege um ser humano para espizinhar. Sabe quem ele elegeu desta vez??? Eu!!! Sim... Só pode ser obra de Satanás tudo que aconteceu, está previsto para acontecer e fatalmente VAI acontecer comigo... Falta de recursos, solidariedade, teste e mais testes de paciência, declarações exacerbadas de inutilidade humana e acredite, até uma pomba cagou em mim.
Ontem descobri, do pior jeito claro, que a ABNT ignora as fábricas de guarda-chuvas, que a ABNT desconhece que PODE SIM, ser usado um padrão básico para as calçadas deste EMERGENTE PAÍS, é inacreditável que os guarda chuvas grandes, sim, os grandes, pq se eu usar um dos pequenos, com 1,84 de altura, vão achar que to usando um chapéu daqueles do Sérgio Mallandro, não cabem de forma alguma entre um poste e uma parede ou um poste e uma árvore ou o que quer que seja que esteja entre a rua e a casa dos outros.
Desci no ponto de ônibus e abri o dito que por não ser automático (falta de recursos, lembra???) fez o favor de enganchar em si e abriu somente depois de um tempo, suficiente para que eu deixasse de ser um homem seco para me tornar um sujeito mal humorado e molhado... Fiz o favor de ir pela Avenida Conselheiro Moreira de Barros, altura do número 3.850 e segui a pé...
Só que tanto do lado de quem vem, como do lado de quem vai, a calçada nesse ponto é quase uma corda bamba de um lado e um fio de navalha do outro, ou seja, não tem muito pra onde correr, a calçada do lado par da avenida devia sofrer uma drenagem linfática, pq ela mostra todas a celulites do seu calçamento sem o menor pudor, assim ninguém pode ser feliz e toca vc enfiar o pé nas poças, desviar de lama, móveis usados, pneus, arvores, insistentemente próximas aos muros, e tem até uma que foi, estrategicamente plantada ao lado de um orelhão, que deve ser prá fazer sombra prá genitora do fdp que bolou o projeto.. Só pode... Andar na calçada é um exercício de paciência e habilidade física..
Com um guarda chuva na mão... Impossível... não dá... Ai eu pergunto.. Nessas condições, pode um emergente, EMERGIR???

ESTRESSADOOOOOOOOOO!!!!!!!!

Ahhh!!! quer saber, roubei a idéia de uma amiga (Samantha, jornalista de ponta, heheheheheheh...) que tem um blog destinado ao público feminino mas para aquelas que estão estressadas (http://www.programaestressadas.blogspot.com/). Ontem, depois de passar quase uma semana tomando chuva na cabeça, romper o meu limite de quilometragem a pé, passar raiva com as maiores mesquinharias que só a condição humana nos permite.. resolvi por esse blog o ar... Ja aviso: Cuidado, sou um cara muito bom... Mas quando sou mau, sou melhor ainda...