sexta-feira, 29 de junho de 2012

Discutindo a relação...

Dia desses tava lá, fazendo nada, vagando pela casa e pensando em em uma série e coisas que acontecem na minha vida e em volta dela... Bem como nas coisas que acontecem na vida das pessoas que eu gosto...

Sentei prá tomar um café, e do outro lado da mesa me sentei também... Engraçado que eu me fulminava com os olhos, numa típica demonstração de cólera ou frustração... Achei bem estranha essa minha atitude de me odiar, já que de todas as pessoas do meu convivio, eu sou a que mais fica comigo mesmo, e mais, que me entende completamente, mesmo sem precisar por isso em palavras... É meio pessoal o que vou dizer: mas eu me pegava fácil...

Apesar do rancor tinha no meu olhar uma melancolia latente, Poxa... me conheço, sabia que tinha alguma coisa muito errada no ar, e tentando ser o menos invasivo possível fui sondando o terreno prá descobrir o porque de todo aquele clima de casamento por desfazer....

Num primeiro momento descobri que era quase insuportável o fato de eu dar mais importância as minhas coisas e aos meu amigos do que prá mim mesmo, não tem como negar, fiquei chateado de saber que não estava valorizando em nada uma pessoa que sempre foi de suma importância na minha vida e fiquei triste de saber que eu não estava sendo suficientemente bom prá mim mesmo naquele momento, tentei argumentar que eu era assim mesmo, que sempre queria dar valor e valorizava demais as pessoas que me são caras, independente de qualquer coisa e que em momento algum eu queria me deixar em segundo plano e tentei me convencer que de todas as importâncias, eu seria a mais importante.

Quando num jogada de mestre, me encarrei e disse que não era bem assim não, que mesmo que eu sempre estivesse lá prá mim mesmo, em quase todas as situações, eu era ausente, relapso e mesmo indiferente. Percebi que nos meus olhos, já queriam brotar algumas lágrimas, mas poxa, sou manteiga derretida, se eu chorasse naquele momento, certeza de que eu choraria também...

Ouvi com todas as palavras, que eu dava importância a todas as coisas que envolviam minha vida, mas que não estava sendo capaz de enxergar que eu estava sofrendo com a minha própria ausencia e que se não houvesse um concenso entre mim e eu, não haveria porque dar continuidade a uma vida em comum. Eu seria livre prá decidir e levar a vida que quisesse, mas que isso implicaria na minha total ausencia, e que sendo assim, eu deveria decidir.

Ouvi que dou conversa demais prá gente que não me traz nada de bom, muito pelo contrário... Ouvi que eu sempre relevo situações complicadas, que não me agradam, mas eu relevo... E com isso o dia a dia em casa, mais necessáriamente, a convivencia comigo estava a um passo de ter um desfecho definitivo...

Ouvi tudo que eu tinha prá dizer e passei a fazer uma avaliação de cada situação que me envolvesse. Dificil né, esse trem de Discutir a Relação é foda, são situações que na minha cabeça eram apenas coisas corriqueiras, mas eu não deixei por menos, coloquei cada segundo, de cada coisa que eu deixei de fazer ou de dividir comigo e enfiei o dedo na ferrida com tanta força que quase transpassou o braço pro outro lado...

Ahh vá.. até entendo que tem coisas que a gente precisa mesmo sentar e ter uma prosa curta, direta e sem devaneios, mas poxa, exatamente naquela hora eu não estava muito prá conversa, até porque tinha uns outros assuntos pendentes que eu precisava decidir dentro de mim, e numa hora tão dificil lá vem eu, com esses pequenos problemas que poderiam ser resolvidos a qualquer hora, do dia ou da noite, mas que exatamente ali, não ia ser assim tão fácil.

Me fiz de desentendido, porque na verdade, eu queria deixar todo esse assunto de lado, mas não!!! Eu tava lá... Determinado a ter essa conversa completa, e eu ia dizer tuuuuudo que havia prá ser dito... Claro, dentro da minha realidade isso pode ter muita importância, mas eu não tava afim, não queria ouvir, não queria discutir e mais que tudo, queria ficar em paz comigo mesmo.

Caraca, véi... Custa dar um pouquinho de sossego, vou ter o tempo todo prá desanuviar a vida, filosofar sobre a arte de amar ou odiar, mas não agora NÃO!!!

Eu não queria briga, queria paz, sei lá.. sentar no sofa, assitir uma tv, ir lá pegar uma cervejinha prá mim, e deixar o dia passar de forma harmoniosa, tenho certeza que de noite, quando eu fosse prá cama, todos esses papos iam fluir de forma mais natural, estaria relaxado, disposto a rir até mesmo das situações apocalipticas da relação... Acho que tento levar uma vida pacata e de bons momentos, mas as vezes eu sou tão dificil, tenho tanta complexidade com assuntos tão pequenos, que as vezes me pego pensando se tudo isso vale a pena...

Foda viu....

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Eletric Ladyland..

Tá ai né... Tem dias que a gente acorda e se dá conta que a última coisa de que se lembra aconteceu há pelo menos 18 ou 20 horas atrás... Isso aconteceu comigo hoje... To puxando pela memória prá ver se surge uma luzinha no fim do túnel que me diga onde diabos estive esta noite...

E nessa de forçar a cabeça prá ver se alguma coisa se revela, o mais assustador acontece... Me lembrei que tava de papo com uma moça. Ajudei ela a pegar algumas das 4.617 bolsas/sacolas que ela carregava e que "não sei pq" foram todas parar no chão.... Era um tal de papel prá todo lado, só vi uma quantidade parecida com essa numa empresa de reciclagem de papel... Ajudei a moça a pegar as tralhas todas e ela ainda me perguntou onde era o terminal de Santana. Achei engraçado pelo fato dela estar andando pro lado oposto, ou seja sentido parada inglesa...

Mas disse que era pro outro lado e que eu tava indo prá lá e poderia ajudar carregando alguma coisa.. .Sabe como é.. Sou educado e cavalheiro. ( ;) ).

Ai que o bicho pega, porque dai prá frente não me lembro de mais nada.. Tudo são apenas flashs na minha cabeça... Uma imagem aqui e ali, algumas palavras que não fazem muito sentido e quando eu tento juntar tudo, pronto... Descamba pro surreal, e porra, eu não levo uma vida surreal...

Vou tentar por em palavras alguns flashs que insistem em ficar aqui martelando na minha cabeça, quem sabe com o exercício da escrita as coisas se esclareçam...

Tenho a impressão que durante um tempo algo meio verde esmeralda e amarelo ouro se movimentava de um lado pro outro, em um lugar que parecia ser a cozinha da minha casa, mas isso não é muito claro prá mim. De tempos em tempos eu ouvi uma voz bonita cantar algo como um mantra que eu não entendia nada.. Mas era algo como:

Dies irae, dies illa , Solvet Saeclum in favilla, Teste Satan cum sibylla. Quantos tremor est futurus, Quando Vindex est venturus, Cuncta stricte discussurus. Dies irae, dies illa!
Agora eu me assustei de vez... Pq essa coisa escrita ai em cima, sai de primeira... Sem eu nem pensar em nada... Mas, tenho certeza agora, era isso ai que a voz cantava... Depois vou ver a origem disso ai...

Teve uma coisa engraçada... Engraçada e estranha ao mesmo tempo... Me lembro nitidamente de ter visto aquela moça das bolsas... Que eu ajudei a levar prá Santana... Tipo... Sem qualquer intenção... Apenas por ajudar uma outra pessoa...

Então... Vi ela no meu quarto, nua, sentada na minha cama e ela dizia prá mim: Cuidado, você não pode me tocar! E eu perguntava porque. E ela dizia: porque se você me tocar vai dar choque... Um choque muito forte...

Rá!!! Se tá deitada nua na minha cama, o que de melhor pode acontecer e ela tomar choque... ANAFILÁTICO!!!

Mas me lembro de ter ficado com medo e tentando descer da cama e ir prá janela fumar... Onde ela sussurrava, quase implorando, para que eu não colocasse os pés no chão... E eu sem entender nada nem ligava...

Não lembro de muita coisa depois de ter posto o pé no chão...

Mas durante um tempo aquela coisa verde esmeralda e amarelo ouro ficou orbitando nos meus flashs de memória...

A coisa mais nítida prá mim, foi estar sentado no meu computador, no serviço, vestido com a mesma roupa e a Helena jurando de pés juntos que hoje ERA SEXTA FEIRA!!!

Putz!!! Depois de me convencer e me deixar meio acelerado com esses pensamentos recortados, fui prá casa. Confesso que tive medo de abrir a porta e olhar prá dentro, mas fiz e não achei nada demais... Nada demais até entrar no quarto e ver minha cama uma bagunça, algumas garrafas de vodca perdidas pelo chão, uns comprimidos esquisitos (que eu prontamente joguei no vaso e mandei pro Tietê, sem nem saber do que se tratava), uma calcinha e um sutiã rosa perdidos no meios dos cobertores...

Ahhh tinham umas manchas muito estranhas pela cama... Mas deixa isso prá lá...

Não sei o que rolou e nem vou procurar saber... Tive medo de alguma coisa mais grave ter acontecido, mas a imagem do sutiã e da calcinha, já me bastam prá satisfazer a curiosidade....