quinta-feira, 26 de maio de 2011

Baixa gastronomia


Eu sou um entusiasta da baixa gastronomia.
Digo isso porque é como colocam o nome, mas prá mim é gastronomia e ponto final. Eu gosto mesmo de cachorro quente, miojo, churrasquinho, pão com mortadela e essas coisas. Aprendi desde cedo que o que é bom prá gente são as coisas que nos fazem bem e não ir num restaurante chique (metido a besta, diga-se...) e pagar sabe-se lá quantas centenas de reais prá comer um prato sujo de uma coisa verde e um pedaço de carne que nem sabor tem.
Eu prefiro pegar essa grana e ir uma padaria e pedir logo um X-TUDO no prato e me sentir um viking comendo com a mão e mais, quer me ver feliz, deixa eu numa padoca com uma coxinha, um café com leite e o vidro de molho de pimenta por perto... Nossa.. Isso sim é felicidade instantanea.
Claro que como um bom comedor (Goumet é o cacete...) sei apreciar as coisas caras tb.. Adoro presunto de Parma, mas se vier num pão francês lotado de requeijão cremoso Poços de Caldas é o deleite do momento, hehehehehehe.
Dia desses vi uma reportagem sobre o que os ricos comem (ricos comem???) e tava lá um sorvete com pó de ouro... Custava a bagatela de 500 DÓLARES A BOLA!!!! Faz idéia de quantos potes de 2 litros do Häagen Dazs dá prá comprar com essa grana??? E mais, pó de outro tem gosto de que??? Se fosse bom eu quando criança tinha comido a aliança de casamento dos meus pais, como não comi, lógico que não tem gosto de nada.
Ai junta um grupo de pessoas ditas chiques e gastam uma grana legal comendo pó de ouro.
Ahh vai tomar no centro da bunda... O problema desse povo é quanto eles estão juntos, em separado devem comer mortadela do café, no almoço e na janta , mas quanto junta, sai de baixo. Fica um tal de pose prá beber café Kopi Luwak que custa só R$ 25,00 o xícara pequena, será que eles sabem que a porcaria saiu do cú dum macaco, muito feio por sinal, comeu aquele café, cagou, os caras limparam e agora ele tá lá.. todo gostosão bebendo aquela coisa? Ou seja tomando café que saiu de um cú de origem duvidosa.
Bebem a tal da champagne que não tem gosto de nada e ainda é ruim, fico até vendo um cara desses, montado no dinheiro, enchendo a cara de champange só prá dizer.. ô, ô, ô,... champagn quando sobe é um perigo. Pra que???? Prá justificar as merdas que ele vai fazer logo mais. Pq se quer fazer merda, enche a cara com Tatuzinho, Pitu, Oncinha... Ai justifica de verdade já que a alma sai do corpo.
Vinho? Ai... vinho chileno, austriaco, chines, mongol, paquistanes... Que isso... Esse povo não sabe o tanto que é bom um vinho NATAL (ou um JP.... sem marketing nesse, uhaahuauhauhahuahu) com soda limonada, vinho licoroso Caete com gelo.. Ai sim.. Não quero nem saber de beber aquelas porcarias amargas que eles chamam de vinho e se dizem Sommelier... Um profundo conhecedor de vinho que indentifica os aromas de madeira, flores e etc, etc e tal no vinho. Vai tomar banho na soda, cacete... essa porra é prá beber ou prá ficar achando fundinho???
Perdem o maior tempão porque quando o bagulho é caro você não pode sentar e parecer um guerreiro mongol que acabou de tomar a cidade, precisa fazer pose prá beber o vinho, pegar os talheres certos prá comer cada um dos pratos servidos e ainda fazer cara de quem teve uma visão da Virgem Maria quando vai tomar o café que saiu do cú do macaco láááááá na Somália! E pagar muuuita grana pro isso? Cade o tio do churrasco? Tá me dando fome essa merda toda....
Vou te falar viu.. Eu ainda sou um saboreador incorrigível de um belíssimo pão com ovo frito e tomate ou até mesmo de um miojão com requeijão e presunto. Agora fica nesses buffezinhos ai.. comendo mal pagando caro só prás pessoas acharem que meu coco é mais cheiroso? Tô fora....

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Insurreição

Meu, que merda é essa que o povo tá fazendo na cidade de São Paulo? Cara, cada lugar que você anda tem lixo espalhado pra todo lado, o povo agora resolveu que lugar de bugiganga é no meio da rua... Dá pra fazer um catado geológico no meio das porcarias que você encontra na calçada.
Dia desses tinha um sofá podre.. mas podre mesmo, bem no começo da minha rua... Fiquei imaginando que diabos uma pessoa tem na cabeça de ter um sofá naquele estado dentro de casa, o bagulho fedia a mijo e comida estragada, sem falar que a higiene com que ele era tratado era nula! Fiquei até imaginando se os marrons que tinha pelo que sobrou do tecido dele era marrom mesmo ou se o dono dele só relaxava na hora de fazer um número dois...
Vou colocar uma situação só prá você tentar localizar a história que passou na minha cabeça vendo aquele sofá.
Você chega, pela primeira vez, na casa da sua namorada, a mãe da criatura, toda solícita te atende com muita educação e te empurra pra dentro sem a menor cerimônia. Você chega lá na sala e tá lá o sogrão, de bermuda larga, daquelas que ficam aparecendo os ovos do sujeito pela perna da bermuda, camiseta surrada, aliás que veio da guerra, toda larga e furada até na costura... Com a barba por fazer, sorvendo uma gelada Crystal e assistindo o Datena!
No meu caso, sou arisco, sairia logo correndo nos primeiros minutos. Aí o cara te olha com cara poucos amigos e te manda sentar... Só que o sentar nesse caso é naquele sofá que tá lá na ponta da minha rua, mas você não sabe de nada, ainda. E se senta... Logo que a região glútea se encontra com o sofá, como seria natural, sobe aquele ar que fica acumulado entre as espumas do estofado, sobe pelo meio das suas pernas e vai parar aonde? Bem no meio da sua cara.... Lógico o primeiro pensamento é: Eu devia ter trocado a cueca, essa aqui tá foda... Até porque você ainda não se deu conta que o problema não é você e sim o sofá do sogrão.
Aí você tenta disfarçar pra que ninguém perceba que aquela fuafa tomou conta da sala logo depois que VOCÊ chegou lá. Claro, ninguém percebe nada até porque aquele móvel tá lá há tanto tempo que ninguém mais se incomoda com o cheiro, passa a fazer parte do cotidiano deles.
De repente a sogra volta, com um copão de limonada e uns bolinhos (de origem duvidosa, diga-se) e deixa bem ali na sua frente. Logo de cara você já vê um pêlo de gato colado no copo da limonada e percebe que o copo, além do pêlo, tá meio rançoso, igual o prato com os bolinhos! Aí seu cérebro entra em pane: se eu comer isso vou passar mal, pior se eu me mexer pra pegar alguma dessas coisas, o "ventinho" vai sair de novo e vão perceber que minha cueca tá nas últimas.
Faz idéia? O ser humano é assim, se culpa por tudo num primeiro momento e demora prá perceber que não é ele.
Aí você lá cheio de culpa, tenta um movimento ligeiro pra pegar o bolinho, claro, você vai ter que comer pelo menos um e, claro, pra empurrar ele pra dentro vai dar um golão na DELICIOSA limonada que tá lá dentro do copo. Nesse momento acontece uma das coisas que eu mais admiro no ser humano. PANE POR AÇÃO E CONSEQUÊNCIA POR ASSOCIAÇÃO.
PANE POR AÇÃO: O sujeito tá lá e faz um movimento rápido pra pegar logo os dois em cima da mesa de centro, o ventinho básico do sofá se espalha levando a morte por todo o ambiente e na volta ainda reforça o futum, até porque você não se sentou, você se jogou no sofá. Logo o sogrão te olha bem na cara, mas olha porque ele é o macho dominante e precisa te colocar no lugar. Você já logo pensa que ele percebeu as condições da cueca que você tá usando e o olhar foi de reprovação.
CONSEQUÊNCIA POR ASSOCIAÇÃO: Aí você enfia a o bolinho na boca e bebe a limonada num gole só. E só aí se lembra do pêlo do gato, que... Não tá mais colado no copo. Aí o cérebro ensaia diante dos teus olhos a situação de tudo que tá dentro do seu estômago. Ai o corpo faz o quê??? Associa e manda as defesas, defenderem.. Como? Preciso dizer mesmo?
Logo que os intestinos fazem um ruidinho que só você ouve, você tem certeza que é ele te avisando que o pior vem vindo.
E você lá sentado no sofá xexelento que o sogrão, logo, logo vai desovar na ponta da minha rua. suando em bicas, morrendo de vergonha e mais ainda com o velho te encarando sem dizer uma palavra. Aí vem aquela pressãozinha na escotilha (é, dizer cu no blog é foda...), acredita-se que seja só uma flatulência leve, mas diante da situação, melhor ir devagar, mesmo porque o cheiro que já tá na sala, aquele que você julga que vem da sua cueca, vai encobrir o que tá chegando agora. E se põe meio de lado e relaxa... E sente aquele molhado miserável encharcar o já pútrida cueca. Afinal peido é gasoso, se sentiu molhar, melhor nem tentar consertar. Diante do estampido inicial o corpo acredita que a hora de se livrar do bolinho e da limonada é essa... Aí começam as contrações, cólicas, gases, suores... Num ímpeto você se levanta dizendo que precisa ir, mas que uma outra hora você volta. Só que nessa de levantar meu querido amigo, a gravidade se junta ao processo e...
Você lá em pé, no meio da sala do sogrão, pela primeira vez na vida, todo cagado! E ele lá... Do mesmo jeito, sentado, ovos pra fora da bermuda, a crystal esquentando na mão, te encarando sem dizer nada, mas desta vez indignado porque você se aliviou no meio da sala de estar dele!
Claro, morrendo de vergonha, sai correndo da casa, jura por tudo que é mais sagrado nessa terra que nunca mais vai passar por aquela rua e some na escuridão da noite.
Aí sim o sogrão se mexe... Levanta com cara de bravo para o lado da filha, diz quatro mil, seiscentos e noventa e sete palavrões, sem repetir nenhum. Pega o sofá com ajuda do filho mais novo, põe no carro e dispensa o dito numa rua qualquer do bairro.
Agora que você já imaginou essa situação, toda vez que ver alguma coisa jogada na rua, tenta imaginar como aquilo foi parar ali, mesmo indignado pela sujeira você vai sorrir.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O Ônus da prova

Esse post ia se chamar o ânus da cobra.. Mas por questões de etiqueta, deixei prá lá...

Dando razão a máxima que diz que: um dia ruim começa na véspera. Acordei logo cedão e já percebi que aquele bifinho básico que comi tinha feito um estrago monumental nos meus ácidos úricos (é, assim mesmo com SSSSSSS,.. no plural...)

A equação é bem simples: bifinho básico+ácido úrico+"EU" = GOTA!

É essa merda cristaliza nas juntas e dói prá cacete, sei de casos de pessoas que nem conseguem por o pé no chão. Mas eu sou peão, doendo ou não doendo tenho que ir trabalhar.. Fui na marra... Quase me arrastei até o ponto de ônibus, mas fui. Desci no terminal e lá estava o busão, vázio, acelerando prá sair... Sai correndo (correndo, uhahaauhauhauhuah) prá consegui pegar a condução.

Engraçado foi a corrida, tentando não apoiar o pé no chão, fica uma coisa meio paraolimpica, onde todo mundo para seus afazeres prá olhar o pobre coxo tentando não se atrasar. Ninguém é capaz de dizer: olha, lá vem a porcaria do coxo correndo, espera ele!!! Ninguém é capaz disso... E prá me vingar desses, quando vejo um ser humano normal correndo prá não perder o que quer que seja, faço que nem vejo, tipo não ajudo mas também não atrapalho...

Fora que o desconforto de estar em pé e com o pé zuado ainda tem o povo que desconhece a máxima que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Desci no ponto e fui em direção ao serviço, nem 60 metros de um no outro. Mas quando você tá com a gota atacada, 60 metros adquirem ar de 600 com barreiras...

Cheguei lá suando e já vi um monte de caras de desespero me olhando!

Claro, só podia ser bucha! Nem bem coloquei o pé dentro do prédio e já vieram todos na minha direção pedindo pelo amor de todos os santos da Bahia e da Africa que eu olhasse a internet porque não tinha sinal.

Primeiro: Olhar a internet é meio surreal, no máximo eu posso ir ver se o servidor tá certinho.

Segundo: 7:45, vai se danar, tenho 15 minutos do mais obsoluto ócio e não deixo de aproveitá-los ao máximo.

Terceiro: Cadê o diabo do técnico que leva uma grana prá cuidar das máquinas?

Quarto: Alguém ligou pro provedor?

Quinto: Se foder, sou design gráfico não tecnico.

Mesmo assim subi prá minha sala e nem bem entrei e já vi o problema da humanidade. Na verdade era quase uma diagrama maçon.

E percebi logo que simples mortais, usando menos que 10% da sua cabeça, não resolveriam de pronto a questão. Diante do impasse e já precisando trabalhar fiz o que seria mais correto a fazer.

Liguei o servidor e o roteador na tomada e num passe de mágica tudo estava resolvido.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sexta-feira, álcool, simpatia e melancolia


Sexta-feira enfiei o pé na jaca! Enfiei não! Já sai de casa calçado nas jacas. Pé direito, pé esquerdo, com um símbolo da Nike e tudo.
Acho que por ser a semana do Dia das Mães eu já tinha comigo uma certa nostalgia, melhor, uma melancolia e essa fez com que o 0,75 do olho direito e o 0,5 do olho esquerdo desaparecessem. Fiquei observador demais, escolhedor demais e pior, auto-critico demais.
Já vestido, banhado e calçado nas espinhosas frutas sai pelo mundo. Sem destino, fui indo, entrando, vendo, saindo, entrando e novo, vendo de novo e saindo. Acho que eu nunca sai tanto na vida, em 70% dos locais que visitei só me lembro de estar indo embora, claro, em cada um mandava uma cerveja ou alguma coisa prá dentro.
Parecia que eu estava procurando alguma coisa ou alguém. Sei lá! Fui indo e entornando a cachaça. Fiquei nessa ai umas três horas e te juro, nunca vi tanta gente besta e sem conteúdo num espaço de tempo tão curto.
Tá, sei que minha vida não é uma ilha de inteligência e bom papo 24 horas por dia. Sei até que sou meio que atraído prá gente besta e burra. Mas como um entusiasta do sexo fácil e grátis isso acaba se revertendo em meu favor. Há vai me dizer que as moças mais... Digamos... Devagar, não são as mais fáceis de pegar? E o melhor, essas são as que mais acham que são o Kant de saia, então compadres, duas doses de vodka e meia hora de papo prolixo tá garantido o sexo fácil e grátis.
Bom, tava eu lá circulando, bebendo, quando achei um lugar interessante, no meio da muvuca dos barzinhos, tinha um oásis, não tão cheio, bem servido de presença feminina e pensei: Vou ficar por aqui, se não der nada o ponto de ônibus e logo ai na porta!
Como eu tava mesmo numas de ficar sozinho (melancolia, lááááá atrás, lembra?). Queria sentar lá e pedir um drink e nem dar bola pro mundo. Bom, sempre que você quer ficar de boa aparece alguém prá tirar seu sossego.
Nem bem sentei no pico já ouço uma voz láááá do outro lado do bar gritando:
-JP!!!! Cara o que você tá fazendo ai sozinho? Vem sentar aqui com a gente!!!
Olhei para trás e dentre as mais ou menos trinta pessoas que estavam no bar eu não identifiquei uma viva alma se quer. Fiquei olhando prás pessoas, mas nada, ninguém, nem uma cara conhecida. Ai um sujeito lá no meio do bar começou a agitar os braços e gritar: Aqui meu, chega ai JP!!!
Olha, que a Nossa Senhora dos Amigos Temporários me perdoe, mas eu jamais vi aquele sujeito na minha vida. To ligado que esquecer um conhecido é mancada, mas esquecer um conhecido prá mim é fato.
Mesmo assim peguei minha bebida e me dirigi a mesa deles. Farta por sinal, dois caboclos e seis moças!!! Dadas as probabilidades matemática até mesmo um pescador destreinado como eu, se dava bem, já que os peixes estavam pulando prá dentro do barco.
O cara levantou, me abraçou, me puxou prá mesa, me apresentou prá todo mundo e eu lá com cara de paisagem sem saber quem diabos era aquele cara. Mas logo imaginei que alguém ia dizer o nome dele e tava tudo certo! Me acomodei e fiquei lá com eles.
Ai o cara desatou a falar de mim. Pior, prá ele eu só tinha qualidades e virtudes o que me fez ter certeza que ele não me conhece tanto assim, hehehehehehehehehehe
E disse que eu era um cara legal, inteligente, que tocava e tava gravando com umas bandas legais, que tinha dois filhos, morava sozinho...
E eu lá todo sorrisos pensando: Dois filhos, moro sozinho, bandas legais gravando!
FODEU! passado, presente e futuro. O cara sabia um monte de coisas sobre mim e eu não tinha a mínima idéia nem do nome dele e muito menos de que planeta ele tinha vindo.
Depois que ele bebeu mais umas doses de tequila, ele disse a primeira coisa sensata. Olhou bem fundo nos meus olhos e disse: JP. você é meu amigo e amigo meu não paga nada nessa mesa. Aliás, aqui ninguém paga nada. Hoje a banca é minha.
Olha, sujeito legal esse, honrando a nossa velha amizade que eu até então nem sabia que existia! Eu tava começando a gostar desse meu mais novo amigo de infância.
Lá pelas 23 horas (já de coco cheio, diga-se) disse que precisava ir embora, senão não conseguiria chegar em casa (peão+busão=EU!). Quando uma morena bonita de nome Carol disse prá que eu ficasse que ela me levava embora!
Olha a matemática de novo! Bebida grátis, antigos amigos que acabei de conhecer, carona com uma moça bonita. Mesmo que não rolasse em um beijinho com a Carol e eu fosse prá casa comer um miojo feito no microondas eu já tava no lucro!
Ficamos mais uma hora por lá, sorvendo tudo que caia na mesa e decidimos ir embora. O cara (ninguém tinha chamado ele pelo nome ainda ou o álcool me impediu de ouvir...) pediu a conta, pagou e saímos. E toma despedida prá lá, pra cá, troca de telefones, e-mails, fax, considerações finais e etc... Quando ele ia indo embora, amparado pela namorada começou a gritar na rua:
- JP, caraio! O primeiro cd do Heresia 666 (www.myspace.com/heresia666oficial) é meu heim! Faço questão! E batia no peito, apontava prá mim e gritava: É nóis, é nóis!
Bom, passado meu momento BBB (claro, até os manobristas me olhavam como quem tava tentando descobrir de que canal de TV eu era, uhauhahuauhauhauha).
Sai voando da vista do povo puxando a Carol pela mão (Ah... Carol....) e numa rua perto ela sacou a chave do carro de dentro do bolso (iiiisssooooo.. do bolso! Foi a primeira mulher que vi que não tinha uma bolsa pelo menos...) acionou o alarme e imagina minha cara quando uma Captiva Sport, novinha, deu sinal de vida do outro lado da rua. Já olhei em volta prá ver se mais alguém estava indo embora também. Ninguém, o carro era dela mesmo. Em segundos fiz uma conta cruel! Se eu , depois de pagar as contas, juntasse todo o dinheiro que ganhei na vida e desse de entrada, como o meu salário, nem assim eu conseguiria financiar uma barca daquelas!!! Foi um pensamento engraçado mas real...
Pé pesado o da moça, 25 minutos do bar até a porta da minha casa! Não vi o velocímetro abaixo de 100 nem prá passar em farol fechado. Mais 40 minutos de amassos básicos na porta de casa e boa. Ela foi embora... Eu nem insisti prá entrar, não tinha nem seis horas que eu tínhamos nos conhecido. Sei lá se sou antigo, mas achei melhor não passar do ponto DESTA VEZ! Mas com certeza nos falaremos, claro! Bonita inteligente e o melhor, boa de papo. Certeza que esse não é o tipo de mulher que dá conversa prá mim, mas como partiu dela, tá valendo.
Entrei em casa e vi que aquele sentimento ainda me incomodava um pouco. Percebi que mesmo tendo sido uma noite legal, tava faltando algo ali prá completar. Olhei prá minha casa, vazia, as coisas todas do mesmo jeito e no mesmo lugar que eu tinha deixado e aquele eco insuportável onde você dá um passo e escuta dois, acende todas as luzes por onde vai passando e depois volta prá apagar, mija com a porta do banheiro aberta, larga a tampa do vaso levantada, toma banho e não enxuga o banheiro e não tem ninguém lá prá reclamar.
Foda isso!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Choveu em SP???


Choveu em SP
Ahhhh!!! Como eu gosto de São Paulo quando chove, a gente transparece sentimentos muito interessantes, acho que mais por estar mais frio e a cidade se enche de nostalgia e solidariedade.
Hoje, prá variar começou a chover às 6 da manhã, e eu tinha certeza que quando fossem 9 horas ela pararia, retomaria sua atividade ao meio dia, pararia às 13:30 e só voltará às 18 horas. Ou seja, até do céu o que desce é prá infernizar a vida do pobre.
Veja meu caso, saio da cama às 5:20, tomo banho, blá, blá, blá... Saio tomando chuva na cabeça, vou pegar ônibus num local onde sequer existe um ponto de ônibus coberto, e quando ele resolve aparecer vem cheio. Hoje deixei passar 2 ou 3 porque era impraticável entrar no coletivo.
Engraçado que os motoristas sabem que não cabe nem uma alma mais no busão, mas eles param no ponto, os "humanos", se dependuram nas portas, porque eles tem que entrar de qualquer jeito, em contra partida, os que estão dentro não movem um musculo seja prá frente ou para trás, ai o coletivo fica lá parado, resumindo: nem caga, nem desocupa a moita...
Ai vem um com a lotação quase esgotada, mas que dá prá entrar e ir apertado, em pé, sem posição e o melhor da viagem, cercado de gente besta prá todo lado. Incrível a capacidade desse povo de dizer as coisas mais ridiculas nos momentos menos apropriados.
Hoje teve uma senhora que disse para um rapaz: Moço, você tá me apertando, dá um jeito ai... E claro o cara analisou a possibilidade de se dependurar nos canos e ficar lá até o fim da viagem, até porque lá era o único lugar livre... Como não dava ele retrucou: Quer conforto, compra um carro... Que a tia logo tratou de não deixar barato: Eu comprária se seu pai pagasse. E ele novamente disse: Vai lá no cemitério e pede prá ele, pela sua educação você é bem o tipo dele... E quando for por favor dá uma limpadinha na lápide...
Puta que pariu, o pai do cara morreu? A cara da tia foi a melhor, diante da cara de censura do povo ela ficou lá.. APERTADA, diga-se, mas de boca fechada. Adoro essa sutilieza que o ser humano adquiriu prá resolver seus problemas com estranhos. No mundo animal e mais civilizado, heheheheheh
Ai teve um cara que tava com a namorada (mulher, noiva, amante??? sei lá) Mas o típico caso perdido, feios... Uma dupla de gente feia, feitos um para o outro, porque se não for assim, ela vai pro convento e ele pro circo. O cara não perdia a chance de ficar apertando aquela magrela e ficar cerciando todo mundo que estava por ali, achando que todo mundo quer pegar a mulher dele, era um tal de mexe prá cá, mexe prá lá.. Bastava estar ali perto que o sujeito (Deus, como era feio...) saia dando bundada nos homens no entorno. Cacete, será que ele não se liga??? Do jeito que tava apertando a mulher, já, já ia rolar o efeito "pasta de dente" e ia esparramar o pouco conteúdo que ainda tinha pelo busão todo...
E outra, entendo o amor, o ciume, mas vamos combinar o único atrativo daquela mulher eram os brincos de ouro em forma de coração, de resto (de resto? não se aproveitava nada...). Nada prá pegar, nada, nadinha mesmo. E julgando pelo pouco diálogo que ouvi, não rola nem mesmo uma conversa mais interessante, vai ser novela das oito e o novo capítulo de Bete a Feia pro resto da vida... Teve até ter um bafo de cobra, mas eu achei isso dos dois, então.. entre eles, tá tudo em casa.
Mas hoje tava cheio de "MULHER PIRÂO DE PEIXE", cada uma mais gostosa que a outra, você olhava e lá estão os peitões, os bundões (nããããããããão, estavam sozinhas, to me referindo a região glútea mesmo...), cada cinturinha assim... perfeitas.. Ai você olha na cara da mulher! Feia, mas feia tipo, pecado de família daqueles que o grupo familiar não comenta nem entre quatro paredes. Sabe como é? Sabe sim, to ligado que sabe, heheehehehehehehe.
Até ai, feia, gostosa, de madrugada.. Gato pardo... ninguém viu, dei um mole e encarei a fera, que me sorriu de volta. Ai desisti de vez! O piano tava desafinado, e as poucas teclas que ainda restavam estavam severamente avariadas. Ai não dá... Feia tudo bem, a gente bebe umas e passa direto, só se preocupa com isso no outro dia... Mas sem dentes não dá! Só que ela achou que a minha recusa de encarrar ela devia ser timidez, se meteu no meio do povo, apertou, esfregou, fez de tudo até que parou bem do meu lado.
Pensei, se eu continuar fazendo de conta que não to vendo, passa batido e ela desiste. Foi só terminar o pensamento e essa mulher passou a mão na minha bunda! Dentro do ônibus! Sou arrisco, fiz que nem percebi e fiquei lá com cara de natureza morta. Ela insistiu, passou a mão na minha bunda de novo, ai eu olhei, olhei feio e novamente ela sorriu. Caralho! O inferno deve ser assim. o diabo te encarra e passa a mão na sua bunda, ai você faz que não vê ,ele passa de novo e sorri prá você. Se o busão pegasse fogo eu jurava que tinha ido prás terras de belzebú.
Bom, olhei feio prá feia, mas ela ficou lá. Já imaginei que precisava de um plano e de uma estratégia, se eu olhei feio ela passou a mão na minha bunda se eu sorrir ela me deixa pelado na situação. Tratei de empurar o povo um pouco e fui indo na direção do fundão. Bom, que eu sendo alto, seguro no ferro em cima e o cotovelo já vira uma arma pronta prá disparar. O Povo vê meu cotovelo chegando na cara deles e já saem da frente por conta. Fiquei lá e não teve como ela vir atrás. Por sorte me dei bem e me livrei do encosto. Até que senti uma coisa pegando na minha perna, senti uma, duas, três, ai olhei prá ter certeza.
Caralho! Peguei a condução que ia pro congresso das feias e desdentadas, Só que essa era a mais horripilante de todas, a sagrada diva da Sociedade Internacional das Mulheres Feias e Desdentadas do Planeta Terra. Sabe aquelas loiras sarara, que você não sabe se é loira ou se foi desbotada na cândida? Tinha um olho preto e um cinza e um deles insistia em olhar em volta enquanto o outro me tinha na mira, dentes só se estivessem dentro da bolsa, os braços pareciam ganchos. quando eu olhei prá ela, já que ela tava me puxando pela calça numa educação exemplar ela disse.
- Mocinho, quer que eu segure sua mochila!!! Claro que não quero, enlouqueceu! Eu agradeci e disse que não precisava pela mochila estar leve. Tá bom! Ficou por isso mesmo. Mas claro que vira e mexe ela me dava uma esbarrada básica, mais no intuito de me fazer olhar prá baixo e é claro, ela SORRIA! Foi assim uns 10 minutos até que a primeira feia conseguiu um espaço prá se projetar do meu lado de novo. Deve ter um código de honra entre as mulheres da Sociedade Internacional das Mulheres Feias e Desdentadas do Planeta Terra, porque mesmo uma me cutucando e a outra insistindo em se enfiar debaixo do meu braço não teve um assédio mais forçado.
Logo a feia que tava em pé, me olhou dentro dos olhos e disse: Calor né?
E eu com toda a educação que mamãe me deu fiz logo que não era comigo. Mas a feia sentada já tratou de ser social e disse... Nossa tá demais e aqui dentro mais ainda. Tô sentindo um calor que sobe, sobe, sobe... Mas falou isso olhando prá mim... Tratei logo de dar o sinal e descer, por isso não ia dar nada certo...