segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Para reclamar disque...


Pois é, juro a vocês que antes de postar essas mal escritas linhas eu ponderei muito, afinal de contas, no “mundo” atual, qualquer coisa que você diga é motivo de represálias ou acusações sem procedência alguma, mas ponderei mesmo porque não gostaria de cometer injustiças e recorrer no mesmo erro.

Bom, percebo que uma relação entre duas pessoas serve para troca e aprendizado, logo, pela regra, pode ser caracterizada como “serviço prestado”, e percebo que, de uns tempos para cá, a qualidade do “boquete” ou sexo oral (como querem os puristas) caiu demais em relação ao que recebem em troca.

Desculpem a franqueza, mas eu aplico técnica e conhecimento e ainda presto atenção para saber se o que eu tô fazendo é capaz de surtir o efeito desejado e quando não, ali durante o acontecimento, vou mudando as táticas e as formas até atingir um que seja satisfatório à cliente, lógica, nem tudo não flores quando se trata de um toma lá dá cá, sem grandes compromissos ou aspirações, mas eu me importo...

E é isso que é foda (ou não é, sei lá...), venho percebendo que a ideia é apenas gerar fricção e calor, isso porque eu nem vou falar das performances Cirque Du Soleil! Sim, é isso mesmo que você leu, e se não se espantou é porque já está acostumado a receber um boquete daqueles em que a boca está praticamente parada em você e o restante do corpo da distinta “prestadora de serviços” percorre o infinito, se debatendo para todos os lados, e melhor, além de oscilar vertiginosamente passa a arfar parecendo um opala acelerando e faz cada careta que fica difícil não cair na gargalhada.

Poxa. Entendo que a intimidade de duas (ou mais) pessoas deve se restringir ao mundo que se apresenta ali na hora, mas é cada performance que ou você dá risada ou sai correndo com medo.

De volta ao assunto... Diante da minha solteirice congênita, mesmo eu evitando aqueles que são acrescidos de taxas e tarifas, a vida tem sido relativamente interessante, mas entrei numa fase de boquetes exóticos (para não chamar de destruidores) que parece não ter fim.

Dias desses, fui agraciado com um que tinha todos os assessórios para dar certo, porém, na hora de meter a chave na ignição, foi uma tragédia total. Me senti sendo chupado por uma escavadeira. Nunca imaginei na minha vida que um ser humano pudesse ter tantos dentes na boca, além de aqui e ali, dar uma aparada na grama, já baixa da minha região púbica. Além disso, o procedimento era de uma intensidade tão absurda que após um período eu já passei a ver as coisas como no filme Matrix, aquele em que as pessoas desviam das balas e tudo acontece em câmera lenta. Alguns amigos com os quais eu me consultei após essa ingerência corporal, me disseram que devo ficar atento ao aparecimento de luzes no quarto durante o processo...


Bom, pensei seriamente em enviar um e-mail ao Paulo Skaf para ver se rola um curso de “boquete” básico no Senai para as moças disponíveis, porque do jeito que está, tá foda...

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O sexo e o churrasco


Ah vá que você não achou similaridade entre os dois temas do título, mas acredite, existe sim, em um primeiro momento podemos dizer que os dois envolvem planejamento, ação, fogo e carne, mas não é só isso não.
Dependendo da sua motivação, é possível e aplicando sabedoria e só arquitetar os dois eventos em apenas um lugar, claro, que um só se justifica com a presença maciça de amigos, conhecidos, parentes e agregados em geral, o outro, já não precisa desse ajuntamento social, com duas pessoas teremos o que chamamos de “socialmente aceitável” com menos uma ou mais de três a coisa já descamba para o ilegítimo aos olhos de alguns defensores da moral, que lógico batem a sua punheta, escondidos em seus escritórios...
Bom, a preparação de um bom churrasco caminha intimamente ligada à preparação para o coito, é necessário conhecimento razoável, discernimento, mas é importantíssimo apreciar a arte, tanto do assado, quanto do coito.
Tudo começa com a escolha do “que se vai consumir”, logico que precisa notar a aparência, tem que estar apresentável, cheirar bem e estando firme nos pontos certos e, macia nas partes mais tenras e suculentas já é o indicativo de que o churrasco será ótimo. E pelos lados do coito, garantindo também, essas qualidades, tá valendo.
Ai vem o preparo, que para alguns é a parte mais difícil, novamente, o conhecimento da causa e saber apimentar as coisas com sagacidade são garantias de sucesso, algumas embalagens demoraram a serem abertas e em muitas vezes somos surpreendidos, já que o conteúdo, mesmo que preservado no vácuo não é exatamente de primeira qualidade, então, ter os olhos bem treinados e saber escolher é essencial. E para um belo churrasco seguem-se as mesmas regras...
Conheço grandes chefs churrasqueiros que conversam com a carne durante o preparo, enquanto ela deliciosamente se entrega aos prazeres e aos temperos, sendo finalizada com arte se deixa levar a boca, ser espetada e cortada sem reclamações. Você pode usar o mesmo plano, mudando alguns tópicos da conversa, mas o princípio é o mesmo: desembalar, temperar, aquecer e espetar.
O segredo de um bom churrasco reside na qualidade do carvão e na qualidade do fogo, não adianta nada um carvão de péssima qualidade, onde o fogo não gera calor suficiente para assar o que quer que seja na sua grelha. Parece bem óbvio, mas não é, uma significativa e grande parcela não cuida do fogo direito e pensam nele apenas como uma etapa e não como um coadjuvante de peso. Um bom braseiro se inicia com um graveto e a atenção a sua intensidade é uma arte que muito poucos dominam e menos ainda sabem dar o devido valor.
Fósforo, carvão e álcool não te elegem o deus supremo das labaredas, assim como palavras ditas num grupo de amigos (e vamos combinar que a vida hoje se resume a disputas olímpicosexuais...) não vão te credenciar aos deleites do braseiro horizontal, já que ali á arte de manter o fogo acesso e queimando com qualidade e tão grande ou quem sabe mais importante do que a consumação do ato em si. Acender com antecedência, assando de longe e devagar e ir acentuando conforme a cor e umidade, não se deixe levar, achando que o tempo é igual para todas, observe e veja cada forma de assar.
E uma das grandes sacadas da vida e saber regular temperatura e distancia, evitar que  resseque e de levantar labaredas demais, o que acaba queimando, no caso no churrasco a carne e no caso do sexo, a sua moral.

Sendo assim, bom “qualquer um dos dois” prá você...