Pois é, juro a vocês que antes de postar essas mal escritas
linhas eu ponderei muito, afinal de contas, no “mundo” atual, qualquer coisa
que você diga é motivo de represálias ou acusações sem procedência alguma, mas
ponderei mesmo porque não gostaria de cometer injustiças e recorrer no mesmo
erro.
Bom, percebo que uma relação entre duas pessoas serve para
troca e aprendizado, logo, pela regra, pode ser caracterizada como “serviço
prestado”, e percebo que, de uns tempos para cá, a qualidade do “boquete” ou sexo
oral (como querem os puristas) caiu demais em relação ao que recebem em troca.
Desculpem a franqueza, mas eu aplico técnica e conhecimento
e ainda presto atenção para saber se o que eu tô fazendo é capaz de surtir o
efeito desejado e quando não, ali durante o acontecimento, vou mudando as
táticas e as formas até atingir um que seja satisfatório à cliente, lógica, nem
tudo não flores quando se trata de um toma lá dá cá, sem grandes compromissos
ou aspirações, mas eu me importo...
E é isso que é foda (ou não é, sei lá...), venho percebendo
que a ideia é apenas gerar fricção e calor, isso porque eu nem vou falar das
performances Cirque Du Soleil! Sim, é isso mesmo que você leu, e se não se
espantou é porque já está acostumado a receber um boquete daqueles em que a
boca está praticamente parada em você e o restante do corpo da distinta
“prestadora de serviços” percorre o infinito, se debatendo para todos os lados,
e melhor, além de oscilar vertiginosamente passa a arfar parecendo um opala
acelerando e faz cada careta que fica difícil não cair na gargalhada.
Poxa. Entendo que a intimidade de duas (ou mais) pessoas
deve se restringir ao mundo que se apresenta ali na hora, mas é cada
performance que ou você dá risada ou sai correndo com medo.
De volta ao assunto... Diante da minha solteirice congênita,
mesmo eu evitando aqueles que são acrescidos de taxas e tarifas, a vida tem
sido relativamente interessante, mas entrei numa fase de boquetes exóticos
(para não chamar de destruidores) que parece não ter fim.
Dias desses, fui agraciado com um que tinha todos os
assessórios para dar certo, porém, na hora de meter a chave na ignição, foi uma
tragédia total. Me senti sendo chupado por uma escavadeira. Nunca
imaginei na minha vida que um ser humano pudesse ter tantos dentes na boca,
além de aqui e ali, dar uma aparada na grama, já baixa da minha região púbica.
Além disso, o procedimento era de uma intensidade tão absurda que após um
período eu já passei a ver as coisas como no filme Matrix, aquele em que as pessoas
desviam das balas e tudo acontece em câmera lenta. Alguns amigos com os quais
eu me consultei após essa ingerência corporal, me disseram que devo ficar
atento ao aparecimento de luzes no quarto durante o processo...
Bom, pensei seriamente em enviar um e-mail ao Paulo Skaf
para ver se rola um curso de “boquete” básico no Senai para as moças
disponíveis, porque do jeito que está, tá foda...