Eita vida de cidade grande!!! Ainda mais com a dinâmica que o povo anda adquirindo!
Eu particularmente presto muita atenção nas atitudes das pessoas e daqui, do meu observar silencioso, vejo que todos querem estar perto uns dos outros, mas insistem em dar mais ibope a total falta de comunicação, quase não se tem mais conversas descompromissadas na fila do busão, bons dias soltos pelos dias ensolarados da cidades e tem muito pouca interação entre as pessoas, ninguém interage de forma alguma...
Quando são mulheres acham que estamos todos desesperadamente tentando come-las, seja com os olhos ou literalmente em algum cantinho por ai... Se são homens, já olham prá quem se aproxima com aquela cara de: “Olha, eu não sou viado não heim!” Se bem que em uns 70% das situações, acredito que com uma boa conversa o caboclo senta... Mas eu não quero nem saber... To fora... Não me interessam coisas peludas e suadas...
Bom, partindo do que eu disse ai em cima, aproveito e fica observando como os povos, no seu afã de reconhecimento e afeto impedem que todos se aproximem. Já que esse é meu habitat natural, leia-se transporte público, vejo coisas que ninguém quer ver ou fazem não ver... Pessoas que esbarram umas na outras e só faltam sair correndo prá casa, prá tomar banho, jovens que te pedem uma informação e quando a recebem saem andando sem nem ao menos agradecer, desculpas então, vichi!!! Artigo de luxo muito pouco usado em qualquer tipo de situação...
Estamos caminhando prá nos tornarmos uma sociedade extremamente unida pela falta de reconhecimento e afeto, seja pessoal, profissional, familiar ou sei lá, reconhecimento social, mas o que está sendo feito por isso? NADA!!!
O must do diferencial social atual é comprar uma cerveja em lata na rua e sair por ai, prá mostrar que você bebe, então é socialmente viável. E partindo dai, no desespero de reconhecimento, vão as latas de cerveja, refrigerantes, em alguns casos, vodkas baratas, e para os alimentos que vão desde churros, batatas-fritas, cachorros quentes, XISSES (sic) saladas e toda a rede de fast-food socialmente consumível publicamente, e as mesmas são degustadas, ali, ao vivo e em cores, engraçado né? Já vi casos em que a pessoa compra a porcaria duma batata frita e nem come, usa de máscara, fica lá se escondendo atrás da embalagem. Duvida? Tira os olhos da sua batata e olha em volta.
O povo tem necessidade de afeto, de se sentirem parte de alguma coisa e se acabam nos coliformes fecais... Fecais? Fecals? Afecal? Afeto? É... Pensando bem, dado o momento cultural geral, faz sentido... Prá eles...
Mas, fazendo uma analise profunda, cá dentro do meu analisador social, percebi a ligação da coisa... Num arroubo massivo da ciência pensativa, cheguei a seguinte conclusão:
As pessoas se sentem sós, logo, vão tentar aproximação em local público, chegando lá, se acabam no coliform... Ops... Nos rangos nas rua, prá se sentirem bem consigo mesmas e mostrar prás outras pessoas que já que elas se alimentam, são socialmente viáveis, logo, dignas de atenção...
Porém, comendo, precisam mastigar, logo, não falam, porque é socialmente inviável que você fale enquanto come ou mastigue de boca aberta, porque ao alimentar-se pelas ruas, você se torna alguém.
Porém, NINGUÉM tá interessado em “do que sua boca ta cheia”...
Logo, come, não fala, e quando não tá comendo, aprende por osmose ou se esquece que falar, que é o código social, número um, e deixa de ser socialmente misturável porque não fala...
Isso me faz pensar que o fast food é muito mais nocivo a sociedade como um todo, Ele faz muito mais do que entupir algumas veias e deixar roliços nossos cidadãos.
Ai assim vamos nos tornando uma sociedade gorda, calada e carente de afetos. Que merda!!!
Hum... Pense então somar essa gente + comidaiada + celulares constantemente conectados à internet = tribo de zumbis carentes.
ResponderExcluir